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Trabalho em Equipe Interprofissional e a Efetiva Colaboração entre os Profissionais de Saúde
Última alteração: 2016-01-06
Resumo
APRESENTAÇÃO: No campo da saúde, a interprofissionalidade atua como um dos caminhos para que áreas delimitadas e separadas se encontrem e produzam novas possibilidades. Nesta perspectiva, o interprofissionalismo favorece o redimensionamento das relações entre diferentes conteúdos, do ensino e serviço, configurando, assim, trocas de experiências e saberes, em uma postura de respeito à diversidade e cooperação, visando efetivar práticas transformadoras sustentadas no exercício do diálogo permanente. Neste contexto, a prática colaborativa na atenção à saúde emerge como essencial quando profissionais de saúde de diferentes áreas prestam atenção à saúde com base na integralidade, envolvendo os usuários e suas famílias, cuidadores e comunidades. Esta pesquisa objetiva analisar a educação interprofissional como orientadora da atuação em saúde, discutindo as dimensões da prática colaborativa e da educação permanente de profissionais que atuam no Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG) “José Ermírio de Moraes”, com um modelo de atuação pautado no trabalho em equipe e integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS). No campo metodológico, configura-se como uma pesquisa descritiva, analítica e de corte transversal. Abrange 88 participantes que são profissionais da área de saúde. Na primeira fase foi utilizada a Escala de Clima na Equipe (Team Climate Inventory - TCI), uma escala de atitudes do “tipo Likert”, com quatro partes estruturadas abordando os aspectos do trabalho em equipe e efetiva colaboração com outros profissionais de saúde. Na segunda fase, a partir dos dados coletados na fase 1, proceder-se-á um novo momento de produção de dados por meio de grupo focal, tendo-se como núcleos orientadores: Trabalho em Equipe; Educação Permanente em Saúde e Práticas Colaborativas. Os dados produzidos nos grupos focais serão analisados via análise de conteúdo, modalidade temática que consiste em descobrir os “núcleos de sentido” que compõem a comunicação. Os resultados da primeira fase da pesquisa, indicam que 76,47% dos participantes pertencem ao gênero feminino e 23,53% ao gênero masculino, e com idade média de 44 anos e oito meses. Os participantes, no que se refere ao campo profissional, foram: Auxiliar de Enfermagem (28,24%), Enfermeiro (12,94%), Auxiliar de Saúde (11,76%) e Educador Físico ou Fisioterapeuta (10,59%).; Cirurgião Dentista (5,88%), Auxiliar de Radiologia (5,88%), Médico (4,71%), Agente de Saúde (4,71%), Assistente Social (3,53%), Psicólogo (3,53%), Farmacêutico (2,35%), Fonoaudióloga (2,35%), Nutricionista (2,35%) e Terapeuta Ocupacional (1,18%). A maioria estudou em universidade privada (65,91%), 50% realizaram pós-graduação, o tempo de formado foi em média com 16 anos e 8 meses, com tempo de IPGG e tempo na Equipe com médias de 7 anos e 11 meses e 7 anos e 6 meses respectivamente. Na análise dos resultados da Escala de Clima na Equipe, as dimensões Participação na Equipe e Apoio para Ideias Novas obtiveram uma percepção negativa, e as dimensões Objetivos na Equipe e Orientação para as Tarefas alcançaram uma percepção positiva, com diferenças entre categorias profissionais e uma correlação significativa entre as dimensões Participação na Equipe/ Apoio para Ideias Novas e o Tempo de Formado.
Palavras-chave
educação interprofissional, práticas colaborativas, educação permanente, saúde