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APRESENTAÇÃO: Este trabalho relata o desenvolvimento do projeto aprovado em edital do EducaSaúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/UFRS em conjunto com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde/SGETS do Ministério da Saúde do Curso de Especialização em Docência na Saúde (outubro de 2014 a outubro de 2015). A proposta de fomentação da formação interprofissional na saúde na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO suscitou potentes encontros. Ainda que nesta instituição acadêmica, os cursos de Enfermagem (125 anos), de Medicina (103 anos) e de Nutrição (72 anos) não sejam recentes, até então havia pouco acumulo de discussão sistematizada neste sentido. Desenvolvimento do trabalho: O levantamento das experiências isoladas (ensino, pesquisa e extensão) existentes e a realização da I Oficina Docente e do I Seminário sobre o tema, em junho de 2015, foram dispositivos para a constituição de um grupo de trabalho/GT reunindo docentes das três escolas e do recém constituído Instituto de Saúde Coletiva/ISC. Há a intenção que sejam incluídos também no GT, docentes de outros departamentos e cursos tanto da área de saúde como de humanas, de artes e de outras, na produção de projetos integrados nos territórios (intra e extra muros) que atuam. Este coletivo vem tomando a interprofissionalidade e a interdisciplinaridade como eixos fundamentais na proposição de disciplinas, projetos de investigação e ações comunitárias compartilhadas. Resultados: Criar dispositivos intrainstitucionais e incentivar a participação mais ampla em editais ministeriais e de outras instituições de fomento que tenham esta questão como perspectiva, a exemplo do que ocorreu na participação da UNRIRIO em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro/SMSRJ no Programa de Reorientação da Formação em Saúde e Programa de Educação pelo Trabalho/PROPET (2012/2015) e no PET Vigilância (2013/2015), parece ser um caminho bastante promissor. A integração universidades, redes de atenção, serviços e comunidades, a diversificação dos cenários, a participação nas Comissões Permanentes de Integração Ensino e Serviços/CIES no Estado do Rio de Janeiro e a problematização dos Contratos Organizativos de Ação Pública Ensino-Saúde/COAPES têm sido temáticas iniciais na sua agenda. Comentários Finais: Na perspectiva da educação permanente docente, identifica-se a necessidade de operar processos mais comunicativos no trabalho formativo cotidiano, na ativação de comunidades de aprendizagem e na valorização da inteligência coletiva nas suas diversas expressividades. O encontro com linguagens mais criativas no âmbito do sensível, que foram excluídas da formação dos próprios educadores pela ciência positivista, pode ser um dispositivo potente para o deslocamento da rigidez acadêmica tão comumente afastada do mundo da vida. Ser e devir educador/a, ainda mais no campo da saúde, requerem abertura ao aprender com experiências cotidianas. O desenvolvimento docente e dos gestores acadêmicos da área de saúde implica em "competências" não só tecno-procedimentais. mas também políticas, que convoquem os processos formativos e de cuidado no sentido da defesa do SUS com qualidade e da luta por uma sociedade mais inclusiva.

Formação Interprofissional na Saúde, Educação Permanente na Saúde, Desenvolvimento Docente, Integração Universidade Serviço e Comunidade, SUS.