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APRESENTAÇÃO: A promoção da saúde ganhou espaço na política pública de saúde brasileira a partir da implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), o qual passou a considerar o processo saúde-doença não apenas como resultante de alterações biológicas, mas também dos aspectos comportamentais e ambientais. Nesse contexto, a promoção de atividades físicas passou a ser viável no âmbito do SUS, por se tratar de uma das ações específicas da própria Política Nacional de Promoção da Saúde. A partir dessa constatação, o presente estudo foi realizado com o objetivo de analisar a ocorrência e o conteúdo das publicações que enfocaram a produção do cuidado envolvendo a promoção de atividades físicas na atenção primária à saúde no Brasil, a partir da institucionalização da Política Nacional de Promoção da Saúde, no ano de 2006. DESENVOLVIMENTO: Partiu-se de uma questão norteadora, que orientou a realização do estudo: Como está a produção científica de conhecimentos que relacionam a promoção de atividades físicas na atenção primária à saúde no Brasil? Para responder a questão norteadora e atender o objetivo do estudo, optou-se pelo desenvolvimento de uma pesquisa no formato de uma Revisão Integrativa. Foram empregados descritores específicos para o tema do estudo, com busca nas bases de dados Medline, Scielo e Lilacs, sendo utilizados de forma individual e com as combinações possíveis a partir do emprego do operador booleano "AND". Além disso, ficaram estabelecidos como critérios de inclusão as publicações de artigos completos, disponíveis na modalidade open access, redigidos em língua portuguesa, publicados no período de 2006 a 2014 e que restringiram o objeto de estudo apenas aos seres humanos, sem envolver modelos animais de experimentação. Os resultados foram tratados com recursos da estatística descritiva, a fim de obter valores absolutos e relativos que fossem representativos de cada variável analisada. RESULTADOS: A busca resultou em 14 artigos, os quais indicaram que houve concentração da publicação dos estudos nos anos de 2011 e 2012 (75%), em revistas científicas vinculadas a instituições sediadas no estado do Rio Grande do Sul (64,28%). A maioria dos estudos publicados (57%) apresentou algum tipo de intervenção, as quais foram identificadas como ações de educação em saúde (75%), oferta de exercícios físicos (28,5%) e aconselhamento (21,4%), sendo que a soma dos percentuais dessas ações ultrapassa o valor de 100% porque foram relatadas de forma simultânea em alguns estudos. Além disso, o ciclo de vida mais abordado nas intervenções foi aquele constituído pelos adultos (78,5%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi possível compreender que a atenção primária à saúde tem sido objeto de estudo e de intervenção no campo da promoção da saúde. No entanto, a promoção de atividades físicas, por meio da oferta de exercícios físicos, representa menos de um terço das intervenções, indicando que o estímulo ao estilo de vida ativo fisicamente pode ser aumentado entre a população brasileira atendida pela atenção primária à saúde, especificamente com a ampliação da disponibilidade de ações que propiciem intervenções práticas destinadas à população.

promoção da saúde; exercício físico; atenção primária à saúde.