Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Ação educativa com idosos em situação de vulnerabilidade
Silvio Barros Barros do Nascimento, Deyla Moura Ramos Isoldi, Clelia Albino Albino Simpson, Francisca Patrícia Barreto Barreto de Carvalho, Tatiane Aparecida Queiroz Aparecida Queiroz, Ana Géssica Costa Martins, Francisco Arnoldo Nunes de Miranda, Jessica Naiara Silva Neres

Última alteração: 2015-11-27

Resumo


A elevada taxa de idosos contaminados pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida é de­vido à capa de invisibilidade da população no que con­cerne a enxergá-los como sujeitos sexualmente ativos. No entanto, com o envelhecimento da população, e de novas tecnologias como as que prolongam a vida sexu­al, esta sexualidade até então ignorada, emerge como uma questão a ser discutida. O aumento da incidência da Aids entre os ido­sos destaca-se como uma tendência mundial e de­monstra a importância de estudos que analisem a situação da epidemia nessa população, uma vez que podem subsidiar o direcionamento de ações em saú­de. A educação em saúde é capaz de atuar sobre o conhecimento das pessoas, para que ocorra desenvol­vimento da criticidade e capacidade de intervenção sobre suas próprias vidas. Além disso, as ações educativas caracterizam­-se por transformar hábitos de vida de uma população tornando-os capazes de serem responsáveis por sua saúde. Nesse contexto, objetiva-se informar os idosos sobre a prevenção da Aids antes e após a prática da educação em saúde. Trata-se de um estudo quase experimental, quantitativo, realizado nos Centros de Referência de Assistência Social no município de Parnamirim/RN, de fevereiro a junho de 2014. A amostra foi composta por 60 idosos em situação de vulnerabilidade social, selecionados a partir dos critérios de inclusão e de exclusão do presente estudo.  Os dados foram contabilizados, organizados e categorizados em planilha eletrônica do Microsoft Office Excel. Para a análise estatística, utilizou-se o teste Qui-Quadrado, considerando-se o nível de significância de 5% (p<0,05). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com número do parecer 719.926. Verificou-se na fase de pré-teste que somente 38,3% dos idosos sabiam o que é Aids e com relação a etiologia da doença, menos da metade respondeu de maneira correta, ao dizer que tem como agente causador um vírus. Após a atividade de educação em saúde, os resultados refletem a mudança significativa do aprendizado que os idosos obtiveram diante da temática. E tal mudança é materializada nos valores apresentados no pós-teste. No questionamento “A Aids tem cura?”, cinquenta e sete idosos (95%) responderam corretamente assegurando não ter cura e observou-se que houve diferença estatisticamente significativa entre o pré-teste e pós-teste nesse item (p = 0,000). O estudo revelou que o nível educacional interfere diretamente no desenvolvimento da vulnerabilidade a infecção pelo HIV, com relevância considerável quando campanhas educativas são desenvolvidas de maneira adequada, pois quanto menor o acesso às informações, mais vulnerável estará a Aids. Com este estudo, verificou-se que os idosos não recebem informações adequadas sobre a prevenção da Aids, detendo pouco conhecimento sobre a temática; observou-se também que a maioria não conhecia a doença antes da intervenção educativa. Por isso, deve-se enfatizar a prática da educação em saúde para esta população.

Palavras-chave


Idoso; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; Educação em Saúde; Enfermagem

Referências


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