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FATORES DE RISCO ASSOCIADOS A GESTANTES DE ALTO RISCO ATENDIDAS NAS UNIDADES DE REFERÊNCIA DE GESTAÇÃO DE ALTO RISCO NOS ANOS DE 2010 A 2013, MUNICÍPIO DE SANTARÉM-PARÁ
Última alteração: 2015-11-23
Resumo
Introdução: A gestação é um evento fisiológico que na maioria das vezes ocorre de forma natural. Porém, nota-se que uma pequena parcela possui ou desenvolve alterações que podem evoluir para episódios desfavoráveis tanto para a mãe quanto para o feto. Diante dessas situações são essa grávidas que formam o que denomina-se de grupo de risco1. Objetivo: Identificar os fatores de risco prevalentes entre as gestantes de alto risco. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de uma pesquisa documental, descritiva e retrospectiva. Utilizou-se 3.000 prontuários de gestantes inscritas no pré-natal na Casa de Referência de Saúde da Mulher, dessas 560 foram incluídas na pesquisa, foram também utilizados 542 prontuários de gestantes inscritas na Unidade de Referência em Ensino e Saúde, dessas 182 foram inclusas na pesquisa, totalizando uma amostragem de 742 prontuários. RESULTADOS: Observou-se que 561 (75, 61%) mulheres possuíam renda de 1 a 2 salários mínimos, 36 (4,85%) não aceitavam a gravidez e 42 (5,66%) faziam uso de drogas. Quanto aos dados obstétricos verificou-se que 16 (2,81%) já tiveram morte perinatal, 1 (0,18) já teve feto com crescimento intrauterino restrito, 24 (4,21%) já tiveram filhos prematuros, 3 (0,53%) já tiveram filhos com malformação fetal, 68 (11, 93%) já sofreu abortamento, 4 (0,70%) já passaram por psicose puerperal e 8 (1,40%) já passaram por processo de infertilidade e/ou esterilidade. Com relação ao intervalo interpartal percebeu-se que 71 (12,46%) tiveram intervalo menor que dois anos, e quanto ao número de filhos verificou-se que 52 (9,12%) tiveram de 5 a 10 filhos e 9 (1,58%) tiveram de 10 a 15 filhos. 3 (0,53%) já tiveram crise hemorrágica e 58 (10,18%) já tiveram doença hipertensiva. Em relação as cirurgias realizadas anteriormente 145 (25,44%) já realizaram cesarianas e 35 (6,14%) já tiveram bebês com macrossomia fetal. Conclusão: É necessário que o profissional de enfermagem busque estratégias para melhor avaliação de riscos a fim de identificá-los precocemente para então atuar junto a equipe multiprofissional tentando minimizar as intercorrências e complicações a que estas gestantes estão mais vulneráveis, melhorando desta forma a assistência dispensada nas Unidades de Referência de Gestação de Alto Risco
Palavras-chave
Gestação de Alto Risco; enfermagem; Unidades de Referência
Referências
(1)BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gestação de Alto Risco. Brasília, DF. 2010.