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APRESENTAÇÃO: Avanços tecnológicos, preventivos e terapêuticos favoreceram o envelhecimento populacional, acarretando maior necessidade de cuidados específicos para essa parcela da população. Destacam-se nesse cenário os Cuidados Paliativos, que almejam melhorar a qualidade de vida conforme as possibilidades terapêuticas diminuem. Tendo isso em vista, este trabalho objetivou analisar como os profissionais de saúde que lidam com os Cuidados Paliativos percebem o Cuidado na teoria e em sua prática diária. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: A metodologia baseou-se na execução de uma pesquisa qualitativa, fundamentada na teoria das representações sociais. Os dados foram analisados por meio da técnica de análise de conteúdo. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas individuais semiestruturadas com os profissionais de saúde de um Ambulatório de Cuidados Paliativos, integrante do Núcleo de Atenção Oncológica de um hospital público no estado do Rio de Janeiro. A equipe multiprofissional era composta por duas médicas, duas enfermeiras, uma psicóloga, uma assistente social e uma nutricionista. A intenção foi explicitar como a equipe entende o conceito de Cuidado e como este é percebido na prática do dia a dia. RESULTADOS: As entrevistas permitiram dividir a percepção de Cuidado em duas vertentes, quais sejam: uma como procedimento técnico e outra como acolhimento, no sentido da integralidade. Na primeira, os profissionais de saúde entendiam que o cuidado estava diretamente relacionado com a técnica exercida pelos mesmos, visando reduzir o sofrimento e atender às demandas dos pacientes. Já, na segunda, os profissionais relacionaram o cuidado com a criação de vínculo e com o acolhimento de pacientes e de seus familiares. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, o Cuidado, dentro da lógica dos Cuidados Paliativos, foi percebido pelos profissionais de saúde como procedimento técnico e como formação de vínculo com os pacientes. Valorizando o outro como sujeito a fim de melhorar sua qualidade de vida.

cuidados paliativos; cuidado; integralidade