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Percepção de acadêmicos de medicina na interação com mulheres da área de abrangência de uma Estratégia de Saúde da Família
Última alteração: 2015-11-27
Resumo
INTRODUÇÃO: As mulheres são a maioria da população brasileira (50,77%) e as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Muitas frequentam os serviços de saúde para o seu próprio atendimento, mas, sobretudo, acompanhando crianças e outros familiares, pessoas idosas, com deficiência, vizinhos, amigos. São também cuidadoras, não só das crianças ou outros membros da família, mas também de pessoas da vizinhança e da comunidade (BRASIL, 2004). Na tentativa de promover mudança nas práticas de atendimento, surge o Programa de Saúde da Família (PSF), o qual teve início em meados de 1993, sendo regulamentado de fato em 1994, como uma estratégia do Ministério da Saúde (MS) para mudar a forma tradicional de prestação de assistência, visando a estimular a implantação de um novo modelo de Atenção Primária que resolvesse a maior parte dos problemas de saúde (RONCOLLETA et al., 2003). Considera-se importante a participação dos acadêmicos de medicina no contexto da Estratégia de Saúde da Família, visando a formar futuros profissionais que atuem junto a equipes multiprofissionais de forma a ampliarem sua atuação na promoção da saúde e prevenção de doenças. O objetivo desse trabalho é relatar as atividades de promoção da saúde de mulheres mediante a realização de atividades em grupo com a participação de acadêmicos de medicina. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência sobre as vivências e as atividades desenvolvidas por acadêmicos do curso de medicina do Centro Universitário Franciscano como atividades propostas na disciplina “Interação Ensino/ serviço/comunidade”. Estas atividades são realizadas junto a um grupo de mulheres de uma comunidade da região oeste de Santa Maria/RS. Para tanto, discentes do primeiro semestre do curso de medicina participaram de reuniões com um grupo de mulheres discutindo temáticas que envolvem a educação em saúde, visando a aprimorar a qualidade de vida delas, estabelecendo as prioridades do trabalho de promoção da saúde. As experiências descritas nesse trabalho compreendem o período de julho a setembro de 2015. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente trabalho possibilitou aos acadêmicos de medicina compreenderem que saúde vai além da ausência de doenças. A participação das mulheres, interagindo nas atividades de forma ativa, é fundamental para o sucesso das ações propostas pelo grupo. Com essa atividade, percebemos o quanto é importante a presença da medicina junto aos demais profissionais de saúde no contexto de um grupo de mulheres em situação de vulnerabilidade social.
Palavras-chave
saúde; mulher; medicina; família
Referências
RONCOLLETA, A. F. T. et al. Princípios da medicina de família. São Paulo: Sombramfa, 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Políticas atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.