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Objetivos: abordar a masculinidade a partir do perfil socioepidemiológico da violência contra homens no Estado do Maranhão no período entre 2009 e 2012. Metodologia: trata-se de estudo descritivo-retrospectivo, de abordagem quali-quantitativa, que analisou o perfil epidemiológico e fatores socioculturais possivelmente envolvidos em casos notificados de violência no Maranhão ocorridos entre os anos 2009 e 2012. Resultados: o Maranhão possui taxas alarmantes e crescentes de violência contra homens, sobretudo em cidades menores, onde as taxas de mortalidade em decorrência desse agravo mostram-se mais importantes. Jovens e adultos jovens costumam estar mais envolvidos, sendo geralmente agredidos por pessoas próximas e em ambiente familiar, com maior incidência nos meses festivos do ano. A associação entre violência e a identidade masculina foi evidente nos trabalhos selecionados, sobretudo a violência física, que se constitui, coletivamente, a principal forma de expressão do corpo e alma masculinos e leva o grupo à construção de relações de dominação e poder. Considerações finais: o entendimento das influências que a identidade masculina tem sobre a epidemiologia de diversos agravos que assolam o grupo é fundamental para a elaboração de estratégias de intervenção estruturantes, que visem à integralidade entre indivíduo e seu contexto sociocultural. No caso da violência, esses fatores bem se expressam no Maranhão, influindo em sua distribuição espacial e humana.

Violência, Homens, Masculinidade, Epidemiologia, Identidade