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Objetivo: traça o perfil epidemiológico dos casos de sífilis gestacional notificados no estado do Piauí entre 2010 a 2013. Método: Trata-se de um estudo descritivo do tipo seccional. Este estudo foi realizado a partir de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponível no Departamento de Informática do SUS (DATASUS), tabulados pelo TABNET, referente aos casos de sífilis gestacional notificados no Estado do Piauí entre janeiro de 2010 a dezembro de 2013. Para melhor compreensão da situação epidemiológica da SG no Estado, os dados foram analisados segundo as variáveis: ano do diagnóstico, escolaridade da mãe, faixa etária da mãe, realização do pré-natal, Unidade Federativa (UF) do pré-natal, tratamento do parceiro, confirmação da infecção materna, realização de teste não treponêmico e treponêmico. A coleta de dados foi feita no mês de outubro de 2014. Resultados: verificou-se 388 casos de sífilis gestacional no Estado do Piauí com desfecho de 193 casos de sífilis congênita entre 2010 a 2013. O ano de 2012 concentrou o maior coeficiente de incidência. Entre as gestantes 72,4% possuem 20 a 39 anos com faixa entre 5ª a 8ª série incompleta (44,7%). Quanto aos casos de transmissão vertical, 82,4% realizaram pré-natal na qual 40,4% obtiveram diagnóstico de sífilis durante a gestação, em 22,3% houve tratamento concomitante do parceiro. Conclusão: a taxa de incidência apresentou valores crescentes entre os anos de estudo, com números superiores à meta estabelecida para eliminação da doença. A súmula dos resultados aponta para dificuldades enfrentadas pela atenção básica de saúde no combate à sífilis gestacional. A constatação dessa realidade impõe a necessidade de se reavaliar ou reformular a assistência pré-natal no Estado, com identificação de situações-problema e elaboração de estratégias de resolução de maneira integrada com a comunidade e que considere quantitativa e qualitativamente a realidade.

Epidemiologia. Sífilis gestacional. Cuidado Pré-natal.