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INTRODUÇÃO: A violência conjugal, que traz danos para vida e saúde de todos que a vivenciam, está enraizada na desigualdade de gênero. Esta é socialmente construída e compartilhada, de modo que homens e mulheres naturalizam o poder masculino e a subserviência feminina. OBJETIVO: Divulgar uma ação educativa sobre a desigualdade de gênero e violência conjugal. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de uma ação de intervenção vinculada ao projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB), intitulado “Reeducação de homens e mulheres envolvidos em processo criminal: estratégia de enfrentamento da violência conjugal”. A intervenção foi realizada com mulheres que se encontram em processo junto à 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Salvador, Bahia, Brasil. RESULTADOS: A ação educativa permitiu às mulheres pontuarem atividades do cotidiano pautadas nas desigualdades de gênero, como por exemplo, os afazeres domésticos e a submissão tidos como inerentes ao feminino e o trabalho remunerado e a coragem, ao masculino. Para as mulheres, a experiência promoveu espaço para desconstrução dos papéis de mulheres e homens e possibilitou discussões sobre a relação desses com a vivência de violência conjugal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A reflexão a partir da categoria gênero favoreceu o entendimento de que as características e atributos associado a cada gênero são socialmente ensinadas podendo, portanto, serem desconstruídos em direção a simetria na relação entre homens e mulheres. Os profissionais de saúde estão em posição de destaque para viabilizarem espaços reflexivos, com a ótica de gênero, para prevenção e enfrentamento da violência conjugal.

Violência de gênero; Violência baseada em gênero; Profissionais da saúde; Enfermagem.