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INTRODUÇÃO: A violência conjugal é considerada um problema de saúde pública por conta do impacto social e econômico para o Estado, uma vez que aumentam a demanda por serviços de saúde, jurídico, policial, social, além de provocar absenteísmo. OBJETIVO: Descrever o processo de enfrentamento da violência conjugal. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, com abordagem qualitativa realizado em Salvador, Bahia, Brasil. As participantes foram mulheres que se encontram em processo judicial junto à 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Salvador, Bahia. Para a coleta das informações foi utilizada entrevista semiestruturada. Os dados foram sistematizados com base na Análise de Conteúdo de Bardin e a análise respaldada em textos sobre a temática. A pesquisa respeitou as orientações éticas contidas na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado através do parecer Nº 039699/2014 do Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade Federal da Bahia. Resultados: As participantes do estudo referiram diferentes estratégias para enfrentar a violência, sendo elas: apoio de familiares/amigos; apoio de Instituições Sociais; e auxílio de Órgãos Públicos de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher. A partir das entrevistas foi possível identificar que, apesar do Brasil desde 2006, contar com uma Lei específica, que visa coibir a violência contra a Mulher, através da criação de Varas/Juizados especializados e punir de forma mais rigorosa seus agressores, as participantes do estudo recorreram a estes serviços somente após esgotarem as tentativas para manterem-se no relacionamento conjugal sem violência. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O presente estudo permitiu descrever as diferentes estratégias utilizadas pelas mulheres para o enfrentamento da vivência de violência conjugal. Chama atenção que as mesmas dificilmente denunciam os primeiros episódios de violência, buscando a ajuda de instituições apenas quando outras tentativas de manutenção do relacionamento falham. Sinaliza-se ainda que a identificação desses meios de enfrentamento possa nortear ações para empoderamento da mulher em situação de violência conjugal e rompimento do ciclo.

Violência contra a mulher; Estratégias de Enfrentamento; Saúde; Enfermagem.