Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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O OLHAR DOS TRABALHADORES DE SAÚDE E USUÁRIOS SOBRE O ACESSO NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMILIA
Daline Valiente de Castro, Fabiula Nunes Macena, Elenita Sureke Abilio

Última alteração: 2016-01-06

Resumo


Autora Daline Valiente de Castro¹, Autora Fabiula Nunes macena², Autora Elenita Sureke Abilio³. APRESENTAÇÃO: O trabalho a ser descrito faz parte do Projeto de Extensão Acompanhamento e Apoio Técnico do Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ) que também faz parte do cumprimento do estágio curricular acadêmico, que tem como ênfase a atuação do profissional de psicologia no processo de gestão em saúde, tendo como objetivo proporcionar aos integrantes do projeto a experiência de atuar em uma Unidade Básica de Saúde com o propósito de desenvolver meios que favoreçam a melhoria da unidade em prol das equipes de ESF. O desenvolvimento da pesquisa ocorreu por meio de entrevistas semiestruturadas com os usuários e equipe, possibilitando compreender o funcionamento da unidade e as relações existentes entre eles. O Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ) se constitui como um programa que objetiva avaliar qualidade de serviço, estrutura física e satisfação dos usuários. Obtendo como questão de quanto melhor a avaliação maior o investimento. A vivência foi em uma ESF do Município de Dourados/MS e se caracterizou como uma forma de conhecer os processos de gestão do local, mais centralizado para a “porta de entrada” ou como dito a recepção. O desenvolvimento do estágio se construiu através de momentos de observações, rodas de conversas com os usuários e com a equipe de saúde.           RESULTADOS E DISCUSSÕES: A Psicologia da Saúde tem como objetivo compreender como os fatores biológicos, comportamentais e sociais que influenciam na saúde e na doença, Inicialmente o foco era os usuários, as queixas dos mesmos eram sempre sobre a falta de comunicação que há entre os funcionários direcionados aos usurários principalmente das recepcionistas e para saber o porquê dessa falta de comunicação resolvemos observar e ouvir o outro lado (a recepção). Ao fazer uma analise das funcionarias do ESF percebemos quanto é a sobrecarga que elas nos relataram, e motivos sobre a falha de comunicação. Trabalhadores de saúde costumam adotar um determinado tipo de organização no trabalho como a forma especifica de agir entre si e com os usuários. O dia-a-dia na Unidade de Saúde Básica é bem movimentado. Os trabalhadores fazem múltiplas funções, fazem agendamento e as rotinas burocráticas gerais. A pesquisa inicialmente era individual para que cada funcionário pudesse nos dizer de que forma seria suas prestações de serviços, porem ao nos direcionarmos a um trabalhador específico as demais se aproximavam relatando as suas experiências o que se transformou em uma roda de conversa, onde segundo relato não é costumeiro esse tipo de conversa menos formal. Percebemos então que os pontos de vista entre os trabalhadores se referem a: dificuldade de comunicação com os usuários, os tais motivos como: o não saber esperar deles (ocasionando tumulto em filas); não ceder a vez ao usuário que mais necessita (a falta da compreensão do direito do usuário mais enfermo); a facilidade de lidar com pessoas de mais idade (o jovem já vem com seu próprio laudo, apenas querendo medicamento); a falta de medicamento (Acaba causando muitos transtornos, o usuário culpa a enfermeira pela falta do medicamento). Questões como essa que sobrecarregam as equipes de saúde dando empecilhos para a comunicação ser mais clara. Foi destacada a falta de conhecimento tanto dos usuários sobre os seus direitos voltados para a saúde, quanto à falta do conhecimento dos trabalhadores em relação à Política Nacional de Humanização (PNH) que serviria para aprimoramento e melhoria nas equipes, e do PMAQ. Uma reclamação ouvida durante nossa roda de conversa foi sobre a não devolutiva das notas individuais do PMAQ-AB. Essa falta de conhecimento acarreta em uma não melhoria do “problema”. A importância de uma boa gestão que gera uma boa produção esta voltada para o não sofrimento do trabalho, somente a questão de termos essa roda de conversa percebeu-se depois o alivio do descarrego dos problemas, podendo assim as funcionárias voltar ao seu trabalho com uma melhor disposição.  O papel do psicólogo é intervir nesses casos sendo um agente que enfatiza esse espaço, buscando a promoção de saúde revendo a forma de humanização. O Humanizado é aquele que contempla em sua estrutura física tecnológica, humana e administrativa, a valoração e o respeito à dignidade da pessoa humana, seja ela paciente, família ou o próprio profissional que nele trabalham, garantindo condições para um atendimento de qualidade. A delimitação dos profissionais de um membro de cada equipe de saúde pode causar conflitos ao se acumularem expectativas inadequadas. Deve obter postura diante o trabalho, ter flexibilidade e vontade de aprender. O psicólogo vem trabalhar com as equipes multidisciplinares a autoconfiança, boa capacidade de comunicação, profissionalismo, regras, valores, aspectos como liderança e decisões (VIEIRA, 2010). Desta forma, percebemos que, torna-se necessário introduzir um profissional de psicologia nesse novo lócus de gestão em psicologia da saúde. ALVES (2011) traz a Psicologia da saúde como um domínio recente da investigação da psicologia, como uma abordagem preventiva e de promoção da saúde, e não apenas remediatista e de resoluções de situações de doença. No processo de trabalho em saúde, tem se ressaltado que as instituições devem ser espaços de produção de bens e serviços para os usuários e também espaços de valorização do potencial investidos dos sujeitos que trabalham nessas instituições/serviços: gestores, trabalhadores e usuários. (MINISTERIO DA SAÚDE, 2006).   REFERÊNCIAS AGNES, Maria; PEREZ, Gibert; VERA, Engler. Saúde mental e trabalho: Um estudo fenomenológico com psicólogos organizacionais. Bol. psicol v.59 n.130 São Paulo jun. 2009 ALVES, Raida. F. Psicologia da Saúde. Campina Grande: EDUEPB, 2011. 345 p. ISBN 978-85-7879-192-6. Available from SciELO Books. BARAÚNA, T. Humanizar a ação, para Humanizar o ato de Cuidar. Coruña, España: Creacción Integral e Innovación. Disponível em: < http://www.iacat.com/revista/recrearte/recrearte02/tania01.htm> GIBERT, A.M; CURY, E.V; Saúde Mental e trabalho; um estudo fenomenologico com psicólogos organizacionais. São Paulo. 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S000659432009000100005 > MINISTERIO DA SAÚDE. TRABALHO E REDE DE SAÚDE, Valorização dos Trabalhadores de Saúde. Brasilia. DF. 2006. 2°ed SANTOS, L.K; QUINTANILHA,C.B; ARAUJO, D.M; Atuação do psicólogo na promoção de saúde. São Paulo. 2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151636872010000100015> VIEIRA, Lamarquilania N.L. A atuação do Psicólogo no contexto hospitalar. Minas Gerais. 2010. Disponível em: <http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar>

Palavras-chave


Psicologia da Saúde

Referências


AGNES, Maria; PEREZ, Gibert; VERA, Engler. Saúde mental e trabalho: Um estudo fenomenológico com psicólogos organizacionais. Bol. psicol v.59 n.130 São Paulo jun. 2009

ALVES, Raida. F. Psicologia da Saúde. Campina Grande: EDUEPB, 2011. 345 p. ISBN 978-85-7879-192-6. Available from SciELO Books.

BARAÚNA, T. Humanizar a ação, para Humanizar o ato de Cuidar. Coruña, España: Creacción Integral e Innovación. Disponível em: <http://www.iacat.com/revista/recrearte/recrearte02/tania01.htm>

GIBERT,A.M; CURY,E.V; Saúde Mental e trabalho; um estudo fenomenologico com psicólogos organizacionais. São Paulo. 2009. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S000659432009000100005 >

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SANTOS, L.K; QUINTANILHA,C.B; ARAUJO, D.M; Atuação do psicólogo na promoção de saúde. São Paulo. 2010. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151636872010000100015>

VIEIRA, Lamarquilania N.L. A atuação do Psicólogo no contexto hospitalar. Minas Gerais.2010. Disponível em: <http://artigos.psicologado.com/atuacao/psicologia-hospitalar>