Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: UMA ABORDAGEM REFLEXIVA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL NA VIDA DOS CIDADÃOS BRASILEIROS
RODRIGO CORREA GOMES DA SILVA

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


INTRODUÇÃO: Esta pesquisa foi realizada com o intuito de identificar os problemas relacionados à recusa no momento em que as famílias são entrevistadas para a doação de órgãos. Tendo em vista que a retirada dos órgãos em pacientes com morte encefálica gera polêmica por ser realizado com o coração em atividade. Portanto, convencer uma família a doar órgãos de um ente querido em um momento tão delicado não é tarefa fácil, pois, o problema tem sua raiz principal vinculada à informação,as pessoas não conseguem confiar naquilo que não conhecem, foi possível perceber este resultado através de várias questões da entrevista. OBJETIVO: Compartilhar com a comunidade acadêmica sobre a importância da conscientização das famílias na abordagem do tema doação de órgãos, relacionados aos doadores em morte encefálica no Estado de Mato Grosso do Sul. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, de campo, com abordagem quantitativa, perfazendo uma amostragem de 50 pessoas, no período de Setembro a Novembro de 2014. RESULTADOS E/OU IMPACTOS Os resultados obtidos foram: que (58%) afirmaram não serem doadores, enquanto (42%) declararam-se doadores, (40%) declaram já terem avisado da sua decisão enquanto (60%) ainda não manifestaram, (66%) declararam desconhecer o diagnóstico de morte encefálica (ME), enquanto (34%) declararam ter conhecimento sobre morte encefálica, (24%) afirmaram nãoterem receio de se declararem doador de órgãos, (76%) afirmaram ter receio de se declararem doadores, (41,38%) declarou a falta de conhecimento, (17,24%) desconhece o desejo do potencial doador, (13,79%) desejam o corpo íntegro, (13,79%) tem receio de tráficos de órgãos, (6,90%) demonstraram receio na demora de receber o corpo, (3,45%) por convicções religiosas, (3,45%) são contrários doação em vida, (89%) não sabem sobre o funcionamento da doação de órgãos no Brasil, (11%) relataram saber como funciona o sistema de transplantes, (10%) declararam ter conhecimento de que não é necessário deixar nenhum documento por escrito para serem doadores de órgãos, em contra partida, (90%) não sabem que é necessário deixar nenhum documento por escrito para serem doadores de órgãos e tecidos para transplantes, (82%) sugeriram informações incluindo disciplinas curriculares em escolas e faculdades, (18%) escolheram campanhas de divulgação. CONSIDERACÕES FINAIS Atualmente observa-se que o índice de receptores em fila para transplantes de órgãos e tecidos vem aumentando drasticamente. O transplante de órgãos e uma alternativa terapêutica sendo ela a última forma de tratamento. Portanto, cabe aos profissionais da saúde, pactuar e mobilizar-se junto às autoridades buscando caminhos alternativos para diminuir o quantitativo de recusa familiar no Estado de Mato Grosso do Sul. Dessa forma,considera-se que os profissionais de saúde são instrumentos de divulgação em todos os processos de captação, doação e transplantes de órgãos e tecidos no intuito de mudar significativamente este cenário. E, por isso necessitam capacitar-se constantemente para se tornarem multiplicadores da conscientização de doação de órgãos.

Palavras-chave


transplante;órgãos;conscientização

Referências


http://www.einstein.br/hospital/transplantes/transplanteorgaos/Paginas/transplante-de-orgaos.aspx