Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Relato de experiência: Formação de agentes comunitários de saúde como multiplicadores na prevenção de gravidez na adolescência e de DST/Aids
Nathane Tayná Dias Machado, Cássia Marina de Oliveira Santana, Amora Terra de Sousa Tibúrcio, Alécia Júnia Aparecida Santos, Karin Prata, Cândida Amélia Marinho de Oliveira, Carlos Alberto Pegolo da Gama, Denise Alves Guimarães

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


APRESENTAÇÃO: O projeto consistiu em capacitar agentes comunitários de saúde (ACS) como multiplicadores para trabalhar com a prevenção de gravidez na adolescência e de DST/Aids nas escolas de nível médio dos bairros periféricos da comunidade de Divinópolis. Os trabalhos se iniciaram no 1° semestre de 2014 e se encerraram no 2° semestre de 2014. O publico alvo consistiu–se em 4 ACS, 1 enfermeiro e 14 alunos de 1 escola de ensino médio da região de abrangência dos PSF. Desenvolvimento do trabalho Inicialmente foram realizados seminários de nivelamento teórico-prático e revisão bibliográfica sobre os temas a serem trabalhados visando à formação da equipe do projeto. Posteriormente, foi realizada a capacitação dos ACS através da realização de rodas de conversa, com momentos reflexivos e explanações técnicas para sistematização de conhecimentos. Os ACS, então formados como multiplicadores, iriam organizar Rodas de Conversa com os alunos de uma escola periférica de Divinópolis com o tema Sexualidade e Prevenção da gravidez na adolescência. Resultados e/ou impactos Houve a promoção da integração entre a comunidade acadêmica e os ACS na busca de informação e elaboração dos conteúdos trabalhados (artigos, cartilhas e livros). Identificou-se alguns elementos dificultadores ligados a infraestrutura precária da Atenção Primária, falta de tempo para organização e realização das atividades, visão preconceituosa e conservadora em relação à sexualidade dos jovens envolvidos por parte da maioria dos ACS e insegurança com relação à condução do processo junto aos adolescentes utilizando a roda de conversa. A precariedade da Atenção Primária à Saúde no Município dificultou o projeto pela falta de capacitação dos ACS e desorganização das equipes e da rotina de trabalho. Produziu-se conhecimento sobre a necessidade de implantação de políticas públicas em Divinópolis na área de sexualidade, prevenção de gravidez na adolescência e DST. Os ACS empoderaram-se do processo de aprendizagem para capacitar os estudantes e vislumbraram a estruturação de intervenções utilizando a metodologia proposta. Considerações finais As rodas de conversa suscitaram relatos e posições conflitantes entre os participantes; também se percebeu considerável falta de informações sobre DST e gravidez na adolescência. A discussão permitiu aprofundamento no tema e distinção pelos ACS entre o universo de crenças pessoais e seu papel de profissional de saúde. Dessa forma, nota-se que as metodologias construtivistas como a roda de conversa são eficazes para a percepção do ACS como agente de promoção de saúde, sobretudo quando há a perspectiva do mesmo como agente multiplicador.

Palavras-chave


sexualidade; adolescência; formação de multiplicadores; agentes comunitários de saúde

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