Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

Tamanho da fonte: 
O que é um jarro sem uma flor¿
Débora Regina Marques Barbosa, Manoel Guedes de Almeida, Denise do nascimento Pedrosa

Última alteração: 2015-12-25

Resumo


INTRODUÇÃO: A população idosa cresceu consideravelmente, ao ponto que estimasse que em 2015, 15% da população brasileira encontre na faixa de 60 anos ou mais, tornando-se o sexto país em número de idosos. Mesmo com aumento populacional na sociedade, os estigmas aderentes ao idoso e sua incapacidade e assexualidade permeiam seu contexto social, o que influência a morte social desse idoso, conduzindo a relação social. Visitar o Abrigo São Lucas destinado a atenção da população idosa e desassistida por seus cuidadores com vinculo sanguíneo ou não, é capaz de propiciar, em um primeiro momento, a ampliação da visão academicista da saúde ao oportunizar o conhecimento de uma realidade além do ambiente estritamente acadêmico. Em um segundo momento, constitui o confronto entre referencial teórico baseado na saúde como estado biopsicossocial, e o modelo biomédico hospitalocêntrico proporciona ambiente rico de discussões da práxis em saúde e suas relações epistêmicas no contexto atual, oportunizando reflexões a cerca do papel do estudante e do profissional como agentes moduladores da sua realidade local e a potencialização das ações de educação em saúde. OBJETIVO: Vivenciar a realidade da instituição e proporcionar a quebra de paradigmas sociais, ampliando o conhecimento e criticidade dos estudantes sobre os determinantes socioculturais do processo saúde-doença; entender/pensar/discutir as relações entre profissionais e idosos sob a ótica da Sociologia da Educação de Freire, tendo como eixo norteador a Promoção da Saúde. MÉTODO DO ESTUDO: Relato de experiência de caráter etnográfico realizado em visita ao Abrigo São Lucas do estado do Piauí, na cidade de Teresina, no dia 13 e 20 de junho 2013 por meio de roda de conversa entre profissionais da saúde, idosos, estudantes e professores do Instituto de Ensino Superior Múltiplo (IESM) e estudantes do VI período de Enfermagem. Tanto a síntese quanto a análise da experiência foram apresentados de maneira descritiva, de caráter qualitativo. RESULTADO: Os idosos possuem aspectos marginalizam-te diante do contexto social, que realizam uma desistoricidade desse individuo entre suas relações de saberes, desconsiderando sua construção social e potencialidade.  Notou-se em primeiro momento certa resistência dos acadêmicos quanto a essa quebra poderes enraizadas socialmente  ao longo dos tempos, o que alerta a necessidade dessa vivência extra muro acadêmico pobre em relações e humanizações. Ao longo da visita foram realizadas dinâmicas, peças e palestras de educação em saúde.  CONSIDERAÇÕES FINAIS: A vivência pode ampliar a racionalidade cientifica para além da academia, rompendo o paradigma médico-assistencialista rumo a uma visão preventiva e de promoção da saúde. Com isso, pôde-se construir um individuo comprometido ética e politicamente com a realidade e saúde locas, percebendo-se modificador de sua realidade  capaz de trabalhar em conjunto na identificação e resolução de uma problemática posta. Desse modo, faz-se necessária a inclusão do estudante desde o início nos serviços de saúde não apenas hospitalares, de modo construírem vínculo entre si em trabalhos multidisciplinar e com a comunidade quanto ao entendimento de uma saúde social.  

Palavras-chave


Saúde do idoso. Educação Popular.