Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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PERFIL CLÍNICO E SOCIODEMOGRÁFICO DE IDOSAS PARTICIPANTES DE GRUPOS DE PRÁTICAS CORPORAIS VOLTADAS PARA O ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL
Luciane Marta Neiva de Oliveira, Michelle Vicente Torres, Felipe Aurélio Nunes de Sousa

Última alteração: 2016-01-06

Resumo


O envelhecimento é caracterizado por alterações fisiológicas como redução da força, flexibilidade, agilidade e das capacidades motoras dificultando a realização das atividades da vida diárias, a manutenção de um estilo de vida saudável comprometendo a saúde e a qualidade de vida do idoso. Grande parte dos mecanismos implicados no processo de envelhecimento são facilmente modificados pelos estilos e hábitos adotados ao longo da vida. De tal maneira que quando se cumprem as recomendações destinadas a melhorar a saúde da população, pode-se atrasar e, inclusive, evitar problemas típicos da terceira idade. Recomendações como movimentar-se e permanecer ativo são importantes, pois a imobilidade contribui para um envelhecimento mais rápido. Diante da nova realidade demográfica mundial e da corrida na busca por práticas voltadas para a prevenção da incapacidade funcional no idoso e visando o envelhecimento saudável buscou-se analisar o perfil clínico e sociodemográfico de idosas praticantes de práticas corporais voltadas para a promoção do envelhecimento saudável. Realizou-se um estudo epidemiológico de coorte, transversal, com abordagem quantitativa, utilizando-se uma população intencional de 40 idosas do sexo feminino, com idade a partir de 60 anos, composta por participantes do projeto de extensão “Rosas do Entardecer” da Faculdade Santo Agostinho na comunidade do bairro São Pedro em Teresina - PI. As idosas responderam a um questionário sócio demográfico e de saúde cujos dados obtidos foram submetidos à análise descritiva. De acordo com os resultados percebeu-se o predomínio de mulheres com idade entre 60 e 69 anos (70,0%). Pudemos observar ainda que 47,5% eram casadas, 35% eram viúvas, 25% solteiras e 10% divorciadas e a maioria possuía algum grau de instrução de modo que 32,5% possuíam apenas o ensino fundamental, 25% haviam completado o ensino médio e 27,5% concluíram o ensino superior. As idosas menos ativas são mais velhas, viúvas e possuem um menor nível de escolaridade enquanto as idosas com maior nível de escolaridade são mais ativas, ou seja, a prevalência da inatividade física diminui com o aumento dos níveis de educação. De acordo com as características clínicas da população idosa estudada pudemos constatar que os índices mais significativos estão nas variáveis hipertensão arterial sistêmica (HAS) com um total de 80% de incidência e diabetes com um índice de 30%.  O aumento da prevalência de hipertensão com a idade bem como a sua associação a outras patologias crônicas como a diabetes vem ocorrendo como reflexo da nova realidade mundial pautada no envelhecimento populacional em detrimento da redução da taxa de fecundidade. Os resultados reforçam a necessidade de implantação de políticas públicas no sentido de fortalecer a educação popular em saúde e promover modificações no estilo de vida, hábitos alimentares e incentivos à realização de práticas corporais como melhor caminho para a promoção do envelhecimento saudável.  

Palavras-chave


Exercício; Envelhecimento; Perfil.

Referências


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