Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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ANÁLISE DAS FUNÇÕES COGNITIVAS PRÉ-FRONTAIS EM PACIENTES COM A DOENÇA DE PARKINSON NAS FASES ON E OFF DA MEDICAÇÃO
Thaís Cardoso da Silva, Lilian Assunção Felippe

Última alteração: 2015-11-04

Resumo


INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população vem formando um novo perfil epidemiológico, caracterizado pelo volume crescente de doenças crônicas e degenerativas, como a doença de Parkinson (DP). Essa está entre as doenças neurodegenerativas de maior incidência em pessoas idosas. A DP é considerada a segunda doença neurodegenerativa de maior prevalência depois da doença de Alzheimer. A perda motora progressiva é a um dos principais acometimentos da doença, pois leva a deterioração da qualidade de vida dos pacientes, e em estágios mais avançados, a exclusão social. Em relação às alterações cognitivas, a demência associada à DP é a manifestação mais grave e que aumenta o risco de morte. Quando a demência desenvolve-se nos primeiros 12 meses de evolução da doença, preenche-se o critério para o diagnóstico de demência de corpos de Lewy. Objetivo: Avaliar  as funções cognitivas pré-frontais de pacientes com doenças de Parkinson (DP) nas fases On e Off da medicação. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado com pacientes acometidos pela doença Parkinson, onde foi avaliado o estado cognitivo nas fases On e Off da medicação. O critério de inclusão adotado foi: idosos diagnosticados com DP que se encontram nos estágios 2, 3 ou 4 da Escala de Hoehn-Yar. Dentre os critérios de exclusão temos pacientes com disfunção osteomioarticular e pacientes com amaurose, congênita ou adquirida. Foi aplicado o teste MEEM (Mini Exame de Estado Mental) nas fases On e Off da medicação. A análise foi feita no programa estatístico Sigma Plot, versão 12.5, considerando um nível de significância de 5%. Resultados: A amostra foi composta por 5 mulheres (35,7%) e 9 homens (64,3%). Em relação às funções cognitivas pré-frontais, foi observado que os pacientes em estado On obtiveram a média de 23,86±1,41 pontos (média±erro padrão da média) de acertos no teste do MEEM, e os pacientes em fase Off obtiveram 24,36±0,89 pontos. O valor de p no teste t-student pareado foi de 0, 745 (p=0,745), ou seja, não há diferença significativa entre os estados On e Off, em relação ao escore no MEEM. Conclusão: Mesmo não apresentando diferença significativa, os dados apontam que pacientes no estado Off apresentaram uma maior pontuação, isso pode ser indicativo de que a medicação pode causar uma melhora nos sintomas e sinais motores, porém, em contra partida, não alterar ou diminuir as funções cognitivas do paciente.

Palavras-chave


Doença de Parkinson; medicamento; idosos; demência; cognitivo