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Rede de atenção pressupõe conexões e comunicações. Quando se pensa no percurso itinerário que o usuário percorre em uma rede de saúde, incluímos a assistência social, entidades comunitárias, redes não necessariamente inseridas no sistema de saúde, mas que de alguma forma participam desta, garantindo assistência às necessidades de saúde do usuário. Por meio de realização de diagnóstico da rede de serviços de atenção ao uso, abuso e dependência de álcool e outras drogas, nos eixos de cuidado, prevenção e autoridade. Trata-se de relato de experiência que objetivou fomentar atuações articuladas e intersetoriais definindo ações referentes a essa problemática, seguindo a proposta do Projeto Piloto “Drogas: Articulando Redes”, desenvolvido na Região da Campanha e Fronteira Oeste do Estado. No ano de 2013, foram notificados 4.246 atendimentos a criança e adolescente em situação de vulnerabilidade social pelo conselho tutelar do município, onde no eixo vida e saúde, foi constatados 688 casos de drogadição, 261 casos de agressão, 1.146 casos de conflitos familiares. Diante deste cenário avalia-se drogadição e a violência infanto juvenil como um problema real de saúde publica para nos trabalhadores da fronteira oeste. O programa "Articulando Redes" é resultado da união entre várias entidades, são elas: Famurs, Ministério Público, Governo do Estado - Secretaria de Segurança Pública, Assembleia Legislativa, Instituto Crack Nem Pensar e o Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade. De maneira mensal ocorrem reuniões para estudos de caso, troca de saberes e dialogo entre as entidades como alternativas para enfrentar o problema no município de Uruguaiana. Construíram-se fluxogramas organizativos visando seguimento de atendimento para que as informações não sejam perdidas e ocorra a resolutividade nas ações, os setores envolvidos apresentaram seus serviços e suas potencialidades para ir além da prevenção e combate, que hoje é feita basicamente através de orientação nas escolas sobre drogadição e alcoolismo. Diante da análise de cenário realizada, e o conhecimento adquirido constatou-se que a fragilidade de atuação em redes de atenção á saúde, educação, assistência social, que vem ordenando um desfecho desfavorável em relação a estes encaminhamentos, produzindo ações fracionadas, incompletas, causa muitas vezes o trabalho redobrado, expondo de forma desnecessária o menor atendido, ou ainda não sendo efetivo em suas ações. Perpassa a internação psiquiátrica e tratamento de desintoxicação, a próxima etapa e dar continuidade no acompanhamento psicossocial do dependente químico após sair do tratamento. Percebe-se que para o desenvolvimento do cuidado continuado e articulado em redes se faz inadiável planejar fluxos com ações resolutivas das equipes, sendo elas de saúde, assistência social ou policial devem centrar-se no acolher, informar, atender e encaminhar para uma rede cuidadora que ampara. Espera-se construir um sistema de referência e contrarreferência, como um tramado de cuidados, e não com centralização numa hierarquia vertical e burocrática do uso dos recursos assistenciais, permitindo a inclusão e a resolutividade ao usuário.    

Gestão em saúde; Rede de apoio social;Detecção do Abuso de Substâncias