Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Relato de experiência sobre diagnóstico nutricional e ações de educação alimentar e nutricional em uma Unidade Básica de Saúde
Ronaide Paula Santos, Veruska Moreira Queiroz, Eliziane Andrade Carvalho

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


APRESENTAÇÃO: Este trabalho trata-se de um relato de experiência desenvolvido pelos discentes do 2° Ciclo do Curso de Nutrição, da Universidade Federal de Sergipe, no período de janeiro a abril de 2015, da subunidade curricular Práticas de Ensino na Comunidade, planejada para proporcionar uma primeira aproximação dos graduandos com as ações de diagnóstico e de educação alimentar e nutricional na comunidade. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: O trabalho foi realizado em uma Unidade Básica de Saúde e uma Escola Pública, localizadas na zona urbana do município de Lagarto-SE, com o objetivo de desenvolver ações de educação alimentar e nutricional. No primeiro momento, foram realizadas práticas de avaliação do estado nutricional de crianças e gestantes, após análise do diagnóstico, foram empregadas ações de educação alimentar nutricional para crianças, em idade escolar, gestantes, e agentes comunitários de saúde. Com estes últimos foram realizados treinamentos práticos a respeito de como as medidas antropométricas devem ser aferidas para a correta avaliação do estado nutricional dos indivíduos, conforme preconiza o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional. O diagnóstico nutricional das gestantes foi realizado na Unidade Básica de Saúde, de acordo com o Índice de Massa Corporal e a semana gestacional proposto por Atalah et al. (1997). Na escola, o estado nutricional das crianças foi realizado, segundo o indicador Índice de Massa Corporal por idade e sexo, conforme as distribuições percentilares propostas pela World Health Organization (ONIS et al., 2007). Resultados e/ou impactos: Das cinco gestantes avaliadas, duas estavam com baixo peso, duas eutróficas e uma sobrepeso. Elas foram orientadas a respeito do adequado ganho de peso durante a gestação, sobre os benefícios e o manejo do aleitamento materno e da alimentação complementar. Essa atividade serviu para, além de explorar a respeito da necessidade do aleitamento materno exclusivo, desmitificar alguns mitos a respeito dos temas abordados. Foram avaliados 39 escolares, dos quais apenas quatro apresentaram alguma alteração como: uma criança apresentou IMC/I sobrepeso, outra IMC/I obesidade, outra criança P/I baixo e outra IMC/I magreza, sendo que os demais parâmetros estavam adequados. A atividade educativa para as crianças abordou de forma lúdica o que são e para que servem os macro nutrientes. Além disso, foi aplicado um jogo que procurou avaliar o grau de assimilação das crianças referentes ao conteúdo abordado. Pôde-se perceber que a atividade despertou o interesse delas. Posteriormente, fora realizado um treinamento teórico e prático sobre avaliação nutricional para os agentes comunitários, os quais apresentaram muitas dúvidas, desconhecimento da técnica e a falta de equipamentos adequados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As atividades realizadas foram muito relevantes, principalmente para os acadêmicos em nutrição por revelar como é a vivência em uma Unidade Básica de Saúde, o convívio com os usuários e a Equipe de Saúde da Família, as dificuldades devido à ausência de materiais, o emprego inadequado da técnica de avaliação nutricional, pelos profissionais, e o desconhecimento dos usuários sobre alimentação adequada nos diversos ciclos da vida. Proporcionaram também estabelecer um intercâmbio entre os conteúdos abordados e a prática, o que permite que o conhecimento seja solidificado.

Palavras-chave


diagnóstico nutricional; educação alimentar.

Referências


Atalah, E.; Castillo, C.; Castro, R.; Aldea, A. Propuesta de un nuevo estándar de evaluación nutricional en embarazadas. Rev Méd Chile, v. 125, p. 1429-36,1997.

ONIS, M.; Onyango, A. W.; Borghi, E.; Siyam, A.; Nishida, C.; Siekmann, J. Development of a WHO growth reference for school-aged children and adolescents. Bulletin of the World Health Organization, v. 85, p. 660-667, 2007.