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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE GESTANTES COM PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS, MS
Última alteração: 2015-10-30
Resumo
O pré-natal é um período sensível na vida das mulheres e requer atenção qualificada por equipe multiprofissional, considerando as especificidades requeridas no monitoramento da saúde materna e fetal, especialmente quando classificado como de alto risco. A hipertensão arterial sistêmica e o diabetes mellitus estão entre as principais causas que levam ao pré-natal de alto risco. Objetivou-se analisar variáveis maternas relacionadas ao pré-natal de alto risco. Estudo exploratório, descritivo, de abordagem quantitativa, parte da pesquisa intitulada “Atenção integral à saúde de pessoas com doenças crônicas: diabetes e hipertensão”, aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, parecer 256.59. Pesquisa realizada no município de Três Lagoas, no ambulatório do pré-natal de alto risco, no período de agosto de 2014 a abril de 2015. Participaram 180 gestantes. Incluíram-se as gestantes que tiveram classificação do pré-natal de alto risco e que concordaram em participar voluntariamente. Excluíram-se as menores de 18 anos de idade. Os dados foram coletados em um formulário contendo variáveis relacionadas a caracterização das participantes, história obstétrica, estilo de vida, condição de saúde e a relação com os serviços de saúde. Os dados foram digitados em planilha do aplicativo Excel. Procedeu-se análise descritiva com auxílio do software Statistical Package for the Social Sciences versão 21 e análise univariada por meio do teste de correlação de Pearson. Para todas as análises foi adotado um p de significância de 0,05. Os resultados evidenciam que a maioria das gestantes estava na faixa etária dos 24 aos 29 anos (36,8%); cor parda (48,9%); casadas (35%); com ensino fundamental (53,9%); multigesta (79,4); ocupação do lar (51%) e não praticam atividade física (68,9%). O hábito de fumar (p=0,000), a ingesta de carboidratos (p=0,005) e o desconhecimento da fisiopatologia (p=0,000) apresentou significância. Conclui-se que há necessidade da implementação de protocolo assistencial como referencial para guiar as ações multiprofissionais no pré-natal, que contemple o manejo das doenças crônicas mais frequentes, entre outras necessidades de saúde das gestantes.
Palavras-chave
Saúde da Mulher, Gravidez de Alto Risco, Equipe de Assistência ao Paciente
Referências
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao Pré-Natal de Baixo Risco (Caderno de Atenção Básica nº 32). Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.