Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Assistência prestada ao recém-nascido numa maternidade pública de baixo risco do recife: relato de experiência
Mariana Ferreira de Souza, Ana Virginia Rodrigues Veríssimo, Maria Rafaela Amorim de araujo, Mariana Paula Silva Vasconcelos, Mariane Silva Tavares, Marilia Sampaio de Araujo, Milena Kelry da Silva Gonçalves.

Última alteração: 2015-10-19

Resumo


A assistência humanizada ao Pré-Natal e Nascimento orientam que os cuidados com a saúde da mulher e seu concepto devem ocorrer com a maior brevidade possível, quando confirmada a gravidez, com dignidade através de condutas acolhedoras e não intervencionistas. Para tanto, deve-se garantir a gestante e família um pré-natal de qualidade, assistência individualizada ao parto e ao recém-nascido (RN)1. Este trabalho objetivou descrever a experiência de acadêmicas de enfermagem em prática curricular, quanto aos cuidados prestados ao binômio mãe-bebê no Centro Obstétrico (CBO) de uma Maternidade de baixo risco localizada em Recife/PE, confrontando-o com as diretrizes estabelecidas pelo Ministério da Saúde do Brasil. Trata-se de um relato de experiência realizado a partir das vivências e observações realizadas em cinco visitas ao COB. A maternidade em estudo recebe pacientes encaminhadas pela central de leitos e por demanda espontânea, de toda região metropolitana do Recife. É sabido que a mulher tem o direito de parir na maternidade mais próxima a sua residência ou na maternidade que realizou o pré-natal, bem como o direito a presença de um acompanhante, de sua escolha, direitos estes que na maioria das vezes é negado. Sabe-se que o uso de ocitocina sem indicação, apenas para acelerar o trabalho de parto esta associando a complicações perinatais prevencíveis, que a episiotomia é uma prática que já deveria estar em desuso e que não é necessário a separação de mãe e RN para realização dos cuidados imediatos e mediatos. Outro ponto destacado é que o RN deveria ser colocado imediatamente no colo de sua mãe, para ser então secado e aquecido pelo corpo da mesma, enquanto isso o pediatra avaliar se o bebê está bem, dando a nota de Apgar por observação no primeiro e quinto minuto, e quando parar de pulsar cortar o cordão realizar o clampeamento. Após a primeira mamada terminada, o que vai levar até 60 minutos em alguns casos, é possível retirar o bebê do colo da mãe para exame físico no berço aquecido posicionado preferencialmente dentro da sala de parto3 e no berço pode ser feito o colírio e aspiração se necessário. No entanto praticas consideradas desnecessárias como ocitocina, episiotomia, separação do binômio, clampeamento precoce do cordão uso do colírio e espiração são práticas consideradas de rotina, e as práticas que trariam benefícios para mão-bebê como a primeira mamada como cuidado imediato é esquecida. Diante do exposto ratifica-se a necessidade de equipes munidas de pleno conhecimento das evidências científicas e consciência dos benefícios da Política de Humanização, para que a assistência neonatal aconteça de forma mais humanizada e consequentemente menos intervencionista.

Referências


  1. Brasil, Ministério da Saúde. Portaria n.º 569/GM, 2000.
  2. Clark SL, Simpson KR, Knox GE, Garite TJ. Ocitocina: novas perspectivas para uma droga antiga. Rev Tempus Actas Saúde Col. 2009;161–72. – DEVEM USAR O ARTIGO DO MINSITERIO – BUSQUEM PESQUISA NACIONAL NASCER BRASIL 2014 ELA FALA DA MESMA COISA
Duarte AC. Humanizando a recepção ao recém-nascido. Disponível em: <http://www.maternidadeativa.com.br/artigo20.html>. Acesso em: 12 jul. 2015. – este artigo deve ser retirado -  DEVEM USAR O MANUAL DO