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SER TUTOR(A) EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE: partilhando vivências do processo formativo da Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará
Última alteração: 2015-10-28
Resumo
As experiências envolvendo Residências Multiprofissionais em Saúde como estratégia de formação em serviço, têm acumulado relevantes conhecimentos sobre esse processo de ensino-aprendizagem, podendo contribuir para a qualificação dos trabalhadores que atuam na área da Saúde, além de constituírem-se em espaços de formação e conformação crítica, reflexiva e transformadora, para o processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS), através de processos de Educação Permanente em Saúde (EPS) que possibilite a afirmação do trabalhador no cotidiano do seu universo de trabalho e na sociedade em que vive. Objetiva-se partilhar a experiência de práticas pedagógicas relacionadas ao papel exercido pela tutoria no cotidiano do processo formativo do programa de Residência Integrada em Saúde (RIS), ênfase em Saúde da Família e Comunidade, vinculada à Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Desenvolvimento do trabalho: Os tutores do programa passaram por uma seleção pública realizada pela ESP-CE; todos eram egressos de Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade e pertencentes às seis categorias profissionais presentes na ênfase (enfermagem, odontologia, fisioterapia, psicologia, nutrição e serviço social). Como parte do processo tutorial, reuniam-se semanalmente para redefinir as atribuições que competiam à tutoria, relativas ao suporte pedagógico destinado a preceptores e residentes, tanto no que concerne à tutoria de campo quanto à de núcleo. O acompanhamento tutorial ocorria de modo presencial e à distância, nas seguintes atividades: organização e condução dos módulos presenciais, sendo garantidas Rodas Tutoriais; construção de material didático disponibilizados na plataforma Moodle (manuais, tutoriais e textos-base); acompanhamento in loco, através de visitas aos cenários de prática e, à distância, de atividades realizadas por preceptores e residentes; formulação e avaliação de atividades-produto que dialogam com as vivências dos territórios. Além das atividades como tutor de campo ou de núcleo, os tutores desempenhavam a função de referência municipal na perspectiva de apoio institucional e articulador entre a instituição formadora e as instituições executoras. Resultados: O papel exercido pela tutoria é complexo, pois a opção de implantar a Residência de maneira interiorizada requer um acompanhamento docente inovador e flexível, uma vez que atualmente temos profissionais-residentes vivenciando seu processo de trabalho em contextos diversos, distribuídos em diferentes municípios do Estado do Ceará. Além disso, a tutoria em conjunto com os coordenadores eram os responsáveis pela formação dos preceptores, sujeitos que desempenham um papel-chave nesse processo: exercer a docência em serviço. Considerações finais: Ser tutor nesse contexto, mostrou-se exercício docente desafiador e nos proporcionou vivências singularizadas, capazes de provocar mudanças nas estratégias de ensino-aprendizagem e nos modos de cuidar. Almejávamos com esse processo tutorial, viabilizar o SUS-Escola, atuando como facilitadores no desenvolvimento de competências e contribuindo na produção de sujeitos com capacidade de intervir na realidade com o objetivo de transformá-la.
Palavras-chave
Residência em Saúde; Educação Permanente; Formação de Trabalhadores da Saúde