Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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SER TUTOR(A) EM SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE: partilhando vivências do processo formativo da Residência Integrada em Saúde da Escola de Saúde Pública do Ceará
PEDRO ALVES DE ARAÚJO FILHO, Danielly Maia de Queiroz, Vanessa Calixto Veras Sanca, Pedro Renan Santos de Oliveira, Gisele Maria Melo Soares, Maria Rute Araújo Freitas, Nara Albuquerque Goes

Última alteração: 2015-10-28

Resumo


As experiências envolvendo Residências Multiprofissionais em Saúde como estratégia de formação em serviço, têm acumulado relevantes conhecimentos sobre esse processo de ensino-aprendizagem, podendo contribuir para a qualificação dos trabalhadores que atuam na área da Saúde, além de constituírem-se em espaços de formação e conformação crítica, reflexiva e transformadora, para o processo de construção do Sistema Único de Saúde (SUS), através de processos de Educação Permanente em Saúde (EPS) que possibilite a afirmação do trabalhador no cotidiano do seu universo de trabalho e na sociedade em que vive. Objetiva-se partilhar a experiência de práticas pedagógicas relacionadas ao papel exercido pela tutoria no cotidiano do processo formativo do programa de Residência Integrada em Saúde (RIS), ênfase em Saúde da Família e Comunidade, vinculada à Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE). Desenvolvimento do trabalho: Os tutores do programa passaram por uma seleção pública realizada pela ESP-CE; todos eram egressos de Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade e pertencentes às seis categorias profissionais presentes na ênfase (enfermagem, odontologia, fisioterapia, psicologia, nutrição e serviço social). Como parte do processo tutorial, reuniam-se semanalmente para redefinir as atribuições que competiam à tutoria, relativas ao suporte pedagógico destinado a preceptores e residentes, tanto no que concerne à tutoria de campo quanto à de núcleo. O acompanhamento tutorial ocorria de modo presencial e à distância, nas seguintes atividades: organização e condução dos módulos presenciais, sendo garantidas Rodas Tutoriais; construção de material didático disponibilizados na plataforma Moodle (manuais, tutoriais e textos-base); acompanhamento in loco, através de visitas aos cenários de prática e, à distância, de atividades realizadas por preceptores e residentes; formulação e avaliação de atividades-produto que dialogam com as vivências dos territórios. Além das atividades como tutor de campo ou de núcleo, os tutores desempenhavam a função de referência municipal na perspectiva de apoio institucional e articulador entre a instituição formadora e as instituições executoras.  Resultados: O papel exercido pela tutoria é complexo, pois a opção de implantar a Residência de maneira interiorizada requer um acompanhamento docente inovador e flexível, uma vez que atualmente temos profissionais-residentes vivenciando seu processo de trabalho em contextos diversos, distribuídos em diferentes municípios do Estado do Ceará. Além disso, a tutoria em conjunto com os coordenadores eram os responsáveis pela formação dos preceptores, sujeitos que desempenham um papel-chave nesse processo: exercer a docência em serviço. Considerações finais: Ser tutor nesse contexto, mostrou-se exercício docente desafiador e nos proporcionou vivências singularizadas, capazes de provocar mudanças nas estratégias de ensino-aprendizagem e nos modos de cuidar. Almejávamos com esse processo tutorial, viabilizar o SUS-Escola, atuando como facilitadores no desenvolvimento de competências e contribuindo na produção de sujeitos com capacidade de intervir na realidade com o objetivo de transformá-la.

Palavras-chave


Residência em Saúde; Educação Permanente; Formação de Trabalhadores da Saúde