Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Avaliação das ações de controle da tuberculose nas equipes de Atenção Básica no Estado do Espírito Santo
Heleticia Scabelo Galavote, João Paulo Cola, Carolina Maia Martins Sales, Rodrigo Leite Locatelli, Janaina Gomes Nascimento, Ethel Leonor Noia Maciel, Rita de Cássia Duarte Lima

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: O Brasil continua sendo um dos 22 países responsáveis por 80% dos casos de tuberculose. No estado do Espírito Santo, em 2013, foi registrada incidência de 31/100 mil habitantes. Para minimizar essa problemática, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose têm preconizado ações de organização do processo de trabalho para o controle da doença. Desta forma, este estudo tem como objetivo avaliar as ações de controle da tuberculose nas equipes de Atenção Básica sob a ótica dos profissionais de saúde no Estado do Espírito Santo. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, com base em dados secundários sobre as informações do controle da tuberculose nas equipes de Atenção Básica a partir da avaliação externa, ciclo um, do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB), no ano de 2012. Os dados foram obtidos através do módulo II do PMAQ-AB, no qual se extraíram informações do universo de 321 equipes de saúde do estado do Espírito Santo a partir de entrevista com o profissional coordenador de cada equipe. A análise descritiva dos dados foi realizada em três eixos: caracterização das equipes de Atenção Básica; ações organizativas de controle da tuberculose e; ações de promoção e prevenção. Resultado: Foram entrevistados 321 profissionais, entre médico (7,8%); equipe de enfermagem (87,5%) e; Cirurgião-dentista (4,7%). A maioria das equipes está na modalidade Saúde da Família, com saúde bucal (74,5%). Observou-se que 27,7% das equipes não possuem protocolos com definição de diretrizes terapêuticas para a tuberculose, como também 32,1% não possui registro do número de usuários com a doença. Destaca-se que 41,4% realizam a busca de faltosos, assim como 43,6% realizam o tratamento diretamente observado. Em relação à busca ativa, 78,5% das equipes afirmam realizá-la para os sintomáticos respiratórios, bem como 63,9% realizam grupos de educação em saúde com enfoque na orientação sobre a prevenção da doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O estudo aponta para a necessidade de aprimoramento do planejamento e da organização dos serviços de saúde visando o fortalecimento das ações de controle da doença, com enfoque no tratamento diretamente observado, criação de protocolos de atendimento e registros de casos. Os resultados reforçam a necessidade de pesquisas avaliativas, de modo a reorientar as práticas de atenção à tuberculose na Atenção Básica, auxiliando no processo de formulação de novas estratégias para o controle e diagnóstico precoce dos casos.

Palavras-chave


tuberculose; atenção primária à saúde; qualidade, acesso e avaliação da assistência à saúde.