Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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PROFESSOR-TUTOR: OS DESAFIOS NAS SESSÕES TUTORIAIS
Sávio Aparecido Melo da Silva, Renan Pontes Petinelli, Maria José Sparça Salles

Última alteração: 2015-11-17

Resumo


APRESENTAÇÃO No modelo pedagógico Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), pretende-se, fornecer ao estudante condições de desenvolver habilidades técnicas, cognitivas e atitudinais aplicáveis tanto para o cuidado dos pacientes, quanto para a manutenção da postura de estudar para aprender. Nesta proposta o foco é motivar o estudante para construir sua aprendizagem, articulando seus conhecimentos prévios com os de outros estudantes do grupo, para a resolução de problemas selecionados para o estudo, visando ao desenvolvimento do raciocínio crítico, de habilidades de comunicação e do entendimento da necessidade de aprender ao longo da vida. Neste contexto o professor-tutor tem a função de ser o facilitador do processo ensino aprendizagem. O objetivo deste trabalho foi identificar as principais dificuldades percebidas pelos professores-tutores e as estratégias utilizadas para superá-las, durante as sessões tutoriais. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Foi quali-quantitaviva e utilizou-se um questionário semi-estruturado, que se aplicou aleatoriamente aos professores-tutores (40) da 1º a 4º série. O estudo baseou-se nos aspectos que dificultam a atuação do professor-tutor ao longo dos oitos passos do ABP e situações vivenciadas neste contexto. Para análise dos dados foram utilizados: distribuição de frequência relativa e análise de conteúdo. RESULTADOS: Foi questionado, primeiramente, qual o passo dentre os oito em que os professores-tutores têm mais dificuldade; as respostas mais prevalentes foram: avaliação atitudinal e formativa (47,8%), levantamento de hipóteses (17,4%), discussão do problema (17,3%), elaboração de questões (8,7%), formação dos objetivos (4,4%) e sem dificuldades (4,3%). Também perguntou-se qual dos passos eles observavam mais dificuldades da parte dos estudantes, as respostas predominantes foram: a discussão do problema (26,9%), formulação de hipóteses (19,2%), avaliação interpares (11,5%), as menos frequentes foram distribuídas em: elaboração das questões, atingir objetivos, estudo individual e sintetizar as discussões. Foi indagado, ainda, como é feito o direcionamento dos alunos na formulação de hipóteses sem que estes sejam poupados do esforço de chegar aos objetivos, as respostas mais prevalentes foram: por meio de questionamentos (59,1%), retornando à leitura do problema (9,2%), dando informações-chave para a discussão e instigando conhecimentos prévios (9,0%). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os resultados indicaram que as categorias mais referidas foram: avaliação atitudinal e formativa. Os estudantes apresentam maior dificuldade em resumir as discussões. O direcionamento dos estudantes na formulação de hipóteses é mediado por questionamentos. O professor-tutor deve encorajar a participação ativa dos estudantes, zelar para o desenvolvimento satisfatório do processo de ensino aprendizagem e ter domínio da metodologia. Os cursos que utilizam o ABP devem promover um programa de aperfeiçoamento do profissional docente.    

Palavras-chave


Aprendizado Baseado em Problemas; Metodologia Ativa; Formação Docente

Referências