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Este relato objetiva apresentar estratégias alternativas de trabalho utilizadas para impulsionar o Indicador de Ação Coletiva de Escovação Dental Supervisionada, encontradas em municípios do Estado do Rio de Janeiro. O Contrato Organizativo da Ação Pública foi proposto pelo Decreto nº 7508, de 28 de junho de 2011, como instrumento de pactuação, monitoramento entre os entes federativos e fiscalização da execução da regionalização da saúde, com definição de indicadores e metas. No rol de Indicadores do Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores 2013-2015 (Brasil, 2013), o indicador nº 05, Média da ação coletiva de escovação dental supervisionada, de caráter universal, propõe como meta o aumento do percentual de ação coletiva de escovação dental supervisionada, refletindo no acesso à orientação para prevenção de doenças bucais. O método de cálculo e a fonte do indicador são frequentemente mal compreendidos pelos diversos gestores municipais, tendo a Coordenação Geral de Saúde Bucal/Ministério da Saúde, elaborado uma nota técnica específica para elucidação do referido indicador. Sendo encontrada a mesma dificuldade de entendimento nos gestores municipais de saúde bucal do estado do Rio de Janeiro, a Área Técnica de Saúde Bucal, da Superintendência de Atenção Básica, da Subsecretaria de Atenção à Saúde, da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (ATSB/SAB/SAS/SES-RJ) tem realizado um trabalho contínuo de apoio aos municípios e regiões de saúde no fortalecimento da compreensão deste indicador. A participação frequente nos Grupos de Trabalho da Atenção Básica/SAB/SAS/SES-RJ, visitas técnicas aos municípios e pautas nos Encontros com os Coordenadores Municipais de Saúde Bucal, tem incentivado a discussão deste indicador e a reflexão de estratégias alternativas de trabalho para impulsionar este indicador. O principal relato das coordenações municipais é a impossibilidade de aquisição e, consequentemente, distribuição do Kit de higiene dental, a ser utilizado na ação coletiva. Como alternativa, alguns municípios do estado tem experimentado a proposição de solicitar aos pacientes que tragam seus kits de higiene dental para as consultas odontológicas nos serviços de saúde e nos grupos prioritários de atendimento, de modo a possibilitar a ação preventiva esperada. Além deste espaço, algumas coordenações municipais tem realizado esta ação nas escolas vinculadas ao Programa Saúde na Escola (PSE), sendo também solicitado ao aluno que traga seu kit de higiene dental para a escola, permitindo assim a ocorrência da atividade. Entretanto, ainda que muitas coordenações estejam cientes e realizem as ações coletivas com estes métodos alternativos, há mais um entrave neste indicador: o baixo registro do procedimento no sistema de informação ambulatorial do SUS, o SIA-SUS. Neste sentido, a ATSB/SAB/SAS/SES-RJ tem buscado a conscientização das coordenações municipais de saúde bucal e dos profissionais, quanto a importância de mostrar o trabalho realizado, através do registro de produção, como um instrumento de planejamento e gestão das ações de saúde bucal dos municípios e regiões de saúde. Como resultado, a ATSB/SAB/SAS/SES-RJ tem identificado coordenações mais conhecedoras da potencialidade de utilização dos indicadores e cuidadosos com o monitoramento das ações de saúde bucal.

Saúde Bucal; Prevenção; Escovação dentária; Indicadores de Saúde