Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A COORDENAÇÃO DO CUIDADO ATRAVÉS DA ATENÇÃO BÁSICA A PARTIR DO PROGRAMA NACIONAL DE MELHORIA DO ACESSO E DA QUALIDADE (PMAQ-AB)
Mirceli Goulart Barbosa, Thais Chiapinotto dos Santos, Deisy Tolentino do Nascimento, Daniela Tozzi Ribeiro, Caren Serra Bavaresco, Alcindo Antônio Ferla

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: A coordenação das Redes de Atenção à Saúde (RAS) pela AB implica em um papel estratégico de reorganização do sistema de saúde, orientando o cuidado ao longo de todos os pontos de atenção. Um dos aspectos abordados pelo PMAQ- AB na entrevista com o profissional de saúde da equipe da atenção básica se refere a aspectos da AB como coordenadora do cuidado dentro da RAS.  OBJETIVOS: Analisar os dados relacionados ao registro do acompanhamento dos usuários encaminhados aos serviços especializados, bem como a utilização de diretrizes clínicas com a definição dos critérios de necessidade de  encaminhamento dos usuários em diferentes situações clínicas. Também foram analisados os exames disponíveis e ofertados pelas equipes de saúde. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo descritivo a partir de dados da avaliação externa do primeiro ciclo do PMAQ coletados no ano de 2012. Os dados utilizados se referem ao bloco de perguntas “Equipe de atenção básica como coordenadora do cuidado na rede de atenção a saúde”. Foram analisadas 17.202 entrevistas com profissionais das equipes de atenção básica que aderiram ao programa em 3935 municípios brasileiros. As respostas foram analisadas utilizando o software SPSS de forma dicotômica sendo expressos através de suas frequências absolutas e relativas. RESULTADOS: Em relação ao encaminhamento do usuário para atendimento especializado, 61% têm a consulta marcada pela Unidade de Saúde e são posteriormente informados. Quanto aos profissionais entrevistados, 46,3% referem manter registro do encaminhamento de usuários de maior risco e destes 81% comprovam esta ação com documentos. Em relação à existência de protocolos com definição de diretrizes terapêuticas, constatou-se que tais instrumentos para o atendimento de tuberculose e pré-natal presentes na equipe correspondem a 70% ou mais. Entretanto, o percentual de equipes que utilizam protocolos relacionados à Saúde Mental (43,3%) e Álcool/Drogas (31,4)% ainda é pouco expressivo. Quanto aos exames solicitados pelas equipes de AB, a glicemia de jejum e as sorologias (sífilis e HIV) para pré-natal e diagnóstico, perfazem acima de 98%. Todavia, a utilização do teste rápido para a sífilis ainda é insuficiente (20%). CONSIDERAÇÕES: Mesmo que a AB seja nomeada a coordenadora do cuidado, através do PMAQ, muitas equipes não realizam o acompanhamento dos usuários encaminhados à outros serviços, bem como há inexpressiva utilização de protocolos clínicos que orientem o cuidado e o encaminhamento adequado dos usuários aos serviços especializados, como observado em relação à Saúde Mental. Faz-se necessário que se fortaleça a coordenação do cuidado dentro da AB a fim de que se alcancem melhores e mais abrangentes resultados na atenção à saúde no país, reduzindo o número de encaminhamentos desnecessários e ampliando a resolutividade da AB.

Palavras-chave


atenção básica; PMAQ; redes de atenção à saúde