Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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LIMITAÇÕES E DIFICULDADES DENTRO DAS REDES DE ATENÇÃO VISTO PELO ACOMPANHAMENTO DE UM CASO CLÍNICO DE UMA UBSF EM CAMPO GRANDE - MS
Henrique Oliveira e Silva, Lucas Ferreira Marcondes Lemos, Joaquim Mota Dias Longo, Ana Rita Barbieri

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


APRESENTAÇÃO: A experiência teve como objetivo principal avaliar a dificuldade de interligação das redes de atenção em saúde, diante de um caso de neoplasia avançado no munícipio de Campo Grande além, de ajudar a paciente quanto a um diagnóstico e possibilidades terapêuticas rapidamente, frente a demora corriqueira no dia a dia dos usuários que só tem acesso ao SUS. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO:  Para que se pudesse estabelecer a agilidade/dificuldade da rede, no momento do primeiro atendimento da paciente e diante da suspeita de neoplasia avançada de pulmão duas condutas foram tomadas: um encaminhamento via sistema de regulação convencional ao pneumologista foi feito e orientado agendamento  e de outro lado a marcação de consulta e exames para a paciente foi feita por nós diretamente no Hospital Universitário ao qual estamos ligados. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Pela via de agendamento da consulta realizado por nós no Hospital Universitário a partir do dia 04/02 quando foi feito o primeiro atendimento na UBSF a paciente já tinha realizado a TC, broncoscopia e a biópsia com resultado do anatomopatológico de câncer epidermóide de pulmão estádio IV no dia 25/02 e estava consultando com o oncologista no dia 9/03. Enquanto pelo sistema de regulação ela só foi atendida pelo pneumologista da rede no dia 11/02 e teve o RX agendado para o dia 25/02. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Percebe-se pela experiência que o tempo de agendamento de consultas e exames é relativamente grande e independe do caso clínico do paciente. É importante fazer as ressalvas que o outro meio só se conseguiu tão rapidamente devido a facilidade de acesso dos envolvidos ao hospital que são ligados. De todo modo é inadmissível que uma paciente de tamanha gravidade, o que acontece com outros milhares, tenha seu diagnóstico/tratamento retardados pelos entraves que bloqueiam  a ligação das redes de saúde. Sabe-se da impossibilidade de um sistema tão rápido quanto foi conseguido no caso, e que é impossível fazer uma abordagem tão individual para todos os usuários da rede, entretanto seria interessante pensar em um sistema de regulação com classificações de urgência, de modo mais eficiente e eficaz,  de atendimentos e exames de acordo com a gravidade do doente, no momento do encaminhamento, mesmo que o caso não seja uma urgência/emergência.