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O presente trabalho trata-se de um estudo e reflexão realizados a partir da indicação da OMS – Organização Mundial de Saúde, em se desenvolver ações que reforcem a higienização das mãos como medida principal na prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde. A campanha de higienização das mãos ocorreu em 19 Unidades de Atenção Básica à Saúde (UBS) e 1 Unidade de Pronto Atendimento (UPA), localizadas no Rio de Janeiro. O objetivo do estudo é: apontar a importância da conscientização da lavagem correta das mãos, através de campanhas e treinamentos; verificar a aceitação e engajamento dos profissionais de saúde; avaliar o conhecimento desses profissionais quanto a técnica simples de higienização das mãos, principais riscos e consequência da ausência da prática; identificar a eficiência da lavagem após a divulgação da técnica; observar o impacto causado pela campanha para com os funcionários e a necessidade de melhorias estruturais para oferecer ferramentas adequadas nesse processo. O material de apoio para a campanha consistiu no desenvolvimento de cartazes e banner’s, com o passo a passo sobre a técnica de higienização das mãos preconizada pela ANVISA – Agência de Vigilância Sanitária, bem como a criação de uma espécie de “caixa mágica”, elaborada com uma simples caixa de papelão e lâmpada de luz negra. Antes de inserir as mãos dentro da caixa, todos os participantes aplicaram em suas mãos álcool gel misturado a uma pequena ponta de caneta marca texto, onde ao colocar as mãos dentro da caixa, a luz negra permitia o realce das sujidades. Após a identificação do estado das mãos dos funcionários, eram ensinadas as técnicas de lavagem das mãos e orientava-se que os mesmos realizassem a lavagem e retornassem à caixa para análise da eficácia da ação de higienização adequada. Após a experiência, verificou-se diversos fatores importantes para conclusão da avaliação da campanha. Grande parte dos participantes desconhecia a técnica simples de higienização das mãos, além dos riscos e consequências quando da ausência da prática de lavagem nos momentos indicados pela ANVISA e outras normas de segurança. Outro ponto verificado foi a grande quantidade de dúvidas quanto o melhor material a ser utilizado para se lavar as mãos e sua eficácia. Percebeu-se também a dificuldade dos profissionais em realizar constantemente a lavagem das mãos durante o exercício de trabalho. Por fim, identificamos o impacto e dúvida dos participantes, quanto a permanência das sujidades, mesmo após a lavagem utilizando-se a técnica ensinada. Portanto, a experiência realizada foi extremamente eficaz no levantamento da necessidade de criação de novos métodos de conscientização, melhorias continuas dos processos e medidas de prevenção, bem como melhorias estruturais, para se oferecer um ambiente que proporcione cada vez mais a prática da lavagem das mãos.

Campanha; Higienização; Lavagem