Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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SENSIBILIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EQUIPE DE APOIO: ESTRATÉGIA PARA A ASSERTIVIDADE DA PRÁTICA DO ACOLHIMENTO HUMANIZADO E DA BIOSSEGURANÇA
Thauana Mericcy Mota Santos, Clarissa Silva Pimenta, Luciana Alves Silveira Monteiro, Jaqueline Marques Lara Barata

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


APRESENTAÇÃO: Uma das diretrizes da Política Nacional de Humanização são o acolhimento e a valorização do trabalhador. Os profissionais de apoio (porteiro, ascensoristas, roupeiros, secretários e serviços gerais) são considerados fundamentais para a implementação do acolhimento humanizado, tendo em vista que, apesar de não participarem da assistência direta, estes atuam de maneira indireta, tanto com os pacientes, quanto com os acompanhantes. Outro fator primordial que deve ser trabalhado nas instituições de saúde está relacionado aos aspectos de biossegurança, uma vez que as normas de biossegurança são as regras que vão assegurar a saúde do trabalhador e do restante da população. Então, abordagem sobre segurança do trabalho com profissionais desses locais ajuda-os a identificar os riscos ocupacionais que cercam seu ambiente de trabalho, dinamizar as questões éticas e morais e possibilitá-los desempenhar suas atividades de forma mais segura. Sendo assim, o presente estudo tem por objetivo sensibilizar a equipe de apoio de um hospital de grande porte no cenário mineiro quanto ao acolhimento humanizado e práticas de biossegurança. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, de um grupo de acadêmicos do setor de humanização, que realiza conforme a demanda das unidades, sessões de sensibilização para profissionais de apoio de um hospital de grande porte da cidade de Belo Horizonte/MG. São abordados treinamentos de biossegurança, além de sensibilizar os profissionais quanto à importância de uma acolhimento humanizado. Primeiramente, aborda-se assuntos pertinentes a humanização, na qual é explicado o conceito e como tratar as diversas situações do cotidiano de forma acolhedora e humanizada. Já no segundo momento, é abordado o tema biossegurança, buscando evidencias cientificas e embasadas nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho, que dizem respeito ao uso correto de Equipamentos de Proteção Individual e os tipos de riscos ocupacionais, além da lavagem correta das mãos e os tipos de precauções preconizadas pela ANVISA. RESULTADOS: Ao todo foram sensibilizados 307 profissionais da equipe de apoio da instituição, campo do estudo. Percebeu-se através de conversas com os colaboradores que as sensibilizações contribuíram para que esses desempenhem suas atividades de forma consciente, segura e acolhedora, fazendo uso consciente dos equipamentos de proteção individual, lavagem das mãos, riscos ocupacionais. Além disso, relataram que a partir de então, passaram, a saber, de forma conceitual e prática a questão da humanização em sua vivencia durante o trabalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os trabalhos nas instituições de saúde tornam-se cada vez mais mecânicos e fragmentados, o que dificulta o acolhimento humanizado e contribui para os acidente de trabalho. Ademais, processos de educação permanente são fundamentais para a manutenção do saber no que se refere à prática conjunta aos preceitos de biossegurança, bem como ao acolhimento humanizado. Portanto, faz-se necessário investir na sensibilização dos seus servidores, certificando seu potencial e limitações, para reconhecer seu lado humano, valorizar seus beneficiários para abranger todos os sujeitos envolvidos e a instituição como um todo.  

Palavras-chave


Humanização; biossegurança; acolhimento

Referências


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