Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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A VIVÊNCIA DO ENFERMEIRO DOECENTE NO ESTÁGIO CURRICULAR
Maria Alves da Silva, Cinoelia Leal de Souza

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


APRESENTAÇÃO: Segundo a Diretriz Curricular Nacional do curso de Enfermagem (2001), a formação do Enfermeiro deve atender as necessidades sociais da saúde, com ênfase no SUS, e assegurar a integralidade da atenção, a qualidade e a humanização do atendimento. Parte fundamental da matriz curricular, o Estágio Curricular Supervisionado (ECS) – previsto nas DCN com no mínimo 20% da carga horária total do Curso – deve possibilitar a consolidação de conhecimentos adquiridos no transcorrer do curso. O estágio apresenta-se como uma estratégia pedagógica que precisa ir além da relação professor-aluno (COLLISELLI, 2009). Os profissionais devem realizar seus serviços dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética/bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto em nível individual como coletivo (BRASIL). Para tanto, o enfermeiro, no papel de docente, formador de outro profissional, deve estar capacitado para a vivência prática nos serviços, que também se caracteriza como um ambiente de ensino-aprendizagem na formação dos profissionais de saúde. OBJETIVOS: Diante do exposto, este estudo objetivou: discutir e relatar a experiência do profissional enfermeiro como mediador do processo de ensino-aprendizagem nos estágios curriculares da graduação em enfermagem. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um relato de experiência, que buscou refletir sobre o papel do profissional enfermeiro na formação em saúde, sob o olhar do mesmo. O Estágio Curricular do Curso de Enfermagem da Faculdade Guanambi, no estado da Bahia, e é realizado nos últimos semestres do curso, que tem duração de cinco anos, no nono e décimo semestre. Esse estágio possibilita ao estudante, inserir-se no cotidiano e nas atividades dos serviços de saúde, supervisionado pelo docente. RESULTADOS: As atividades orientadas pelo docente nos estágios curriculares compreendem ações individualizadas – através de consultas de enfermagem – e coletivas, envolvendo grupos nas unidades de saúde. Um dos eixos de ensino em saúde do curso de enfermagem da Faculdade Guanambi, realizando atividades de educação em saúde para os profissionais de enfermagem da região, colocando o estudante também no papel de mediador. Desse modo, o docente deve buscar oferecer recursos que capacitem o estudante para ensinar e aprender no estágio curricular obrigatório. Para Costa (2007), devido a sua importância para a formação do profissional, existe a necessidade constante de reflexão acerca do Estágio Curricular Supervisionado quanto aos aspectos didático/pedagógico, estrutural e legal, no intuito de construir uma política de Estágio, pactuada entre ensino serviço e gestão do sistema de saúde, que possa reger esta atividade acadêmica dentro de sua especificidade, contribuindo tanto com a formação quanto com a construção do SUS. IMPLICAÇÕES: O objetivo deste trabalho foi relatar a vivencia do enfermeiro assistencial atuando como docente de Estágio curricular do curso de enfermagem, e pensar na complexidade do papel de formador dos profissionais de saúde, os desafios enfrentados, e a necessidade constante de capacitação dos professores, no que se refere ao ensino e aprendizagem.

Palavras-chave


Ensino; Formação em saúde; Estágios curriculares.

Referências


BRASIL. Ministério da Educação (BR). Resolução CNE/CES nº 1133, de 2001. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Enfermagem, Medicina e Nutrição. Diário Oficial União, 2001. P.131.

 

COLLISELLI, L. Estágio curricular supervisionado: diversificando cenários e fortalecendo a interação ensino-serviço. Rev Bras Enferm, Brasília 2009 nov-dez; v.62, n.6, p. 932-7.

 

COSTA, Lauriana Medeiros. Estágio curricular supervisionado na Graduação em Enfermagem: revisitando a história. Rev Bras Enferm, Brasília 2007 nov-dez; n.60. p.706-10.