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APRESENTAÇÃO: Na lógica da atenção integral, o pré-natal exige uma assistência diferenciada, que inclui, entre outras ações, o acolhimento. A avaliação de programas tem sido o foco do Ministério da Saúde. O atendimento às mulheres no pós parto é uma importante ação da Atenção Básica (AB), que deve ocorrer na unidade de saúde ou em atendimento domiciliar, em um período de 7 a 10 dias. Esta ação visa qualificar o atendimento à mãe e ao bebê, através da identificação de problemas e orientação quanto a cuidados e amamentação. O trabalho tem o intuito de descrever a assistência no período do pré-natal e do pós parto, desenvolvida pelas equipes de saúde do país, a partir de questões do primeiro ciclo de avaliações do PMAQ conduzido em 2012. E um estudo epidemiológico e observacional que foi conduzido em todos os estabelecimentos de saúde que realizavam atenção primária em saúde no país. DESENVOLVIMENTO: A adesão ao PMAQ por parte dos estabelecimentos de saúde era voluntária neste primeiro ciclo. Para o bloco de questões, a amostra foi constituída por mulheres que já haviam tido filhos com até dois anos de idade. Posteriormente os dados foram organizados com o programa Excell e transpostos para o programa SPSS para análise. RESULTADOS: Os resultados são expressos por estatística descritiva. Das 8.762 mulheres entrevistadas, 21% não realizaram o pré-natal na sua unidade de referência, sendo os principais motivos, (1) o fechamento da unidade de saúde (30,2%), (2) o despreparo para atendimentos de urgência (26,9%). Nesta amostra, 35,6% tiveram algum problema que consideraram que precisava de atendimento de urgência/emergência durante a gestação; dentre estas, 49,2% procuraram atendimento em serviços de atenção primária em saúde; e quando questionadas sobre a possibilidade de atendimento imediato na unidade, 92% responderam que havia acolhimento adequado e que conseguiam atendimento na mesma hora nas unidades de saúde, sem precisar de consulta marcada. No atendimento puerperal, 5.009 mulheres (58%) realizaram a consulta de revisão pós parto, sendo que a maioria foi realizada na AB (66,8%), com mediana de 13 dias (variação de 0  42 dias). Nesta amostra, 1.851 mulheres (21,1%) receberam visita domiciliar do agente comunitário de saúde na primeira semana após o parto. Considerando a totalidade de atendimentos no puerpério, em 2.811 mulheres (39%) foi realizado exame das mamas, em 2.752 (38,3%) foi feito exame ginecológico e para 6.285 (87%) mulheres foram fornecidas orientações sobre a amamentação. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Foi observado um expressivo percentual de mulheres que não realizou acompanhamento pré-natal na unidade de referência. Existe uma dificuldade na cobertura da assistência pós-parto no país e o tempo para ocorrência deste atendimento extrapola o período preconizado pelo Ministério da Saúde. O acompanhamento no pós-parto precisa ser incentivado desde o início da gestação, bem como a conscientização das equipes para a relevância desta ação, tendo em vista a potencialidade de identificação de problemas de saúde associados ao puerpério precocemente.

PMAQ; PÓS PARTO; PRÉ NATAL