Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

Tamanho da fonte: 
RISCO GESTACIONAL RELACIONADO AO ESTADO NUTRICIONAL
Mayra Kotaki Itao, Lucas Tenório Maia, Gabriella Nunes da Silva, Julie Massayo Maeda Oda, Roberto Della Rosa Mendez, Sebastião Junior Henrique Duarte

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


A obesidade em mulheres grávidas é um sério problema de saúde a ser conduzido pelos profissionais envolvidos no pré-natal, no sentido de adotarem as melhores condutas baseadas em evidências científicas, para a promoção da saúde materna e fetal, com isso as contribuições à redução da mortalidade materna.  Objetivou-se analisar variáveis maternas relacionadas ao pré-natal de alto risco. Estudo exploratório, descritivo, de abordagem quantitativa, parte da pesquisa intitulada “Atenção integral à saúde de pessoas com doenças crônicas: diabetes e hipertensão”, aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, parecer 256.59. Pesquisa realizada no município de Três Lagoas, no ambulatório do pré-natal de alto risco, no período de agosto de 2014 a abril de 2016. Participaram 180 gestantes. Incluíram-se as gestantes que tiveram classificação do pré-natal de alto risco e que concordaram em participar voluntariamente. Excluíram-se as menores de 18 anos de idade. Os dados foram coletados em um formulário contendo variáveis relacionadas à caracterização das participantes, história obstétrica, estilo de vida, condição de saúde e a relação com os serviços de saúde. Para o perfil nutricional foi calculado o índice de massa corpórea a partir da divisão entre o valor correspondente ao peso corporal e a altura ao quadrado. Os dados foram digitados em planilha do aplicativo Excel. Procedeu-se análise descritiva com auxílio do software StatisticalPackage for the Social Sciences versão 21. Os resultados evidenciaram que são jovens dos 24 aos 29 anos de idade (36,7%), casadas (35%), multigestas (79,4%), dependem do Sistema Único de Saúde (77,8%). A análise do estado nutricional constatou que 3,4% das gestantes estavam com baixo peso, 27,2% com peso adequado, 31,6% com sobrepeso e 37,8% apresentaram obesidade. O estado nutricional inapropriado estava frequente em mais de 70% das participantes. A análise da variável estado nutricional revelou que medidas simples e de baixo custo podem reverter à situação alarmante em que se encontram algumas gestantes. A educação em saúde constitui-se em estratégia para sensibilização do autocuidado. 

Palavras-chave


Saúde da Mulher; Gravidez de Alto Risco; Equipe de Assistência ao Paciente

Referências


ANDRETO, L. M.; SOUZA, A. L.; FIGUEIROA, J. N.; CABRAL-FILHO, J.E. Fatores associados ao ganho ponderal excessivo em gestantes atendidas em um serviço público de pré-natal na cidade de Recife, Pernambuco, Brasil. Cad. Saúde Pública, v.2, n. 11, p. 2401-9, 2006. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2006001100014.

ASSIS, T. R.; VIANA, F. P.; RASSI, S. Estudo dos Principais Fatores de Risco 
Maternos nas Síndromes Hipertensivas da Gestação. Arquivos Brasileiros de 
Cardiologia, v. 91, n. 1, p. 11-17, 2008. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2008001300002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM/MS n. 569, de 1º de junho de 2000. Estabelece o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2000. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/parto.pdf.

BRASIL. Secretaria de Atenção à Saúde, Área Técnica de Saúde da Mulher: Cadernos de Atenção Básica Ao Pré-Natal de Baixo Risco n° 32, Brasília – DF, 2012. Available from: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde – Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Guia Alimentar para a população brasileira: Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2005. Available from: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira.pdf.

CARVALHO, V. C. P.; ARAÚJO, T. V. B. Adequação da assistência pré-natal em gestantes atendidas em dois hospitais de referência para gravidez de alto risco do Sistema Único de Saúde, na cidade de Recife, Estado de Pernambuco. Rev. Bras. Saúde Materna Infantil, v. 7, n. 3, p. 309-17, 2007. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v7n3/10.pdf.

MELO, A. S. O., et al. Estado nutricional materno, ganho de peso gestacional e peso ao nascer. Revista Brasileira Epidemiologia, v. 10, n. 2, p. 249-57, 2007. Available from: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2007000200012.

NOCHIERI, A. C. M.; et al. Perfil nutricional de gestantes atendidas em primeira consulta de nutrição no pré-natal de uma instituição filantrópica de São Paulo. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 32, n. 4, p. 443-451, 2008. Available from: http://saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/65/05_Perfil_baixa.pdf.

PADILHA, P. C.; et al. Associação entre o estado nutricional pré-gestacional e a predição do risco de intercorrências gestacionais. Rev. Bras. Ginecol. Obstet., v. 29, n. 10,p. 511-8, 2007. Available from: http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v29n10/04.pdf.