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APRESENTAÇÃO: O Ministério da Saúde lançou em 2013 o Programa Nacional de Segurança do Paciente, tornando obrigatório nos serviços de saúde a implantação de protocolos de básicos de segurança do paciente. Entre esses protocolos está o Protocolo de Identificação do Paciente. A identificação do paciente é prática indispensável para garantir a segurança do paciente em qualquer ambiente de assistência à saúde, tendo como principais finalidades determinar com segurança o indivíduo como sendo o legítimo receptor do tratamento ou procedimento e assegurar que o procedimento a ser executado é efetivamente aquele que o paciente necessita. A ausência de mecanismos efetivos de identificação de pacientes é causa básica frequentemente relacionada ao desenvolvimento de eventos adversos em hospitais. Falhas na identificação do paciente podem resultar em erros de medicação, erros durante a transfusão de hemocomponentes, em testes diagnósticos, realização de procedimentos em pacientes errados e/ou locais errados, entrega de bebês às famílias erradas, entre outros. O protocolo de identificação do paciente prevê que a mesma deve ser realizada através de mecanismos como pulseiras de identificação ou placa nos leitos, sendo fundamental a vigilância e utilização de indicadores para acompanhamento do processo. O objetivo deste trabalho é descrever o processo de estímulo ao cumprimento institucional da meta de Identificação do Paciente em um hospital da rede pública. Desenvolvimento do trabalho O trabalho é desenvolvido no Hospital Cristo Redentor, integrante do Grupo Hospitalar Conceição. Situado em Porto Alegre, RS, o mesmo é conhecido como pronto socorro da Zona Norte da capital, conta com 264 leitos, e seu atendimento é exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde. O hospital possui um Núcleo de Segurança do Paciente, responsável pela elaboração, divulgação e acompanhamento dos protocolos de segurança do paciente. As ações de segurança do paciente fazem parte do planejamento estratégico institucional, sendo que a correta identificação do paciente é uma meta gerencial no hospital. No ano de 2015 a mesma foi estipulada em 95%. Para verificação do cumprimento da meta de identificação, mensalmente são realizadas vigilâncias de identificação em todo hospital por representantes do Núcleo de Segurança do Paciente. São considerados pacientes corretamente identificados àqueles que possuírem pulseira ou placa legível, visível e com dados corretos. Com o objetivo de reconhecer o comprometimento das equipes em manter os pacientes com a identificação correta, além de continuar estimulando o cumprimento da meta, os gestores do hospital, juntamente com o Núcleo de Segurança do Paciente, entregam mensalmente um certificado simbólico às unidades que atingem a meta estipulada. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: No primeiro mês de premiação quatro equipes foram certificadas. A partir de então, percebeu-se uma disputa positiva entre as equipes, sendo que nos meses seguintes houve um crescimento no número de equipes que atingiram a meta. Pode se perceber que as mesmas ficaram bastante estimuladas, uma vez que a entrega dos certificados foi realizada pelos gestores do hospital, reconhecendo que o trabalho das equipes são importantes e que os resultados estão sendo visualizados pela direção. Embora tenhamos uma crescente no número de equipes que atingem a meta, ainda notamos, por vezes, que o cumprimento da rotina se jaz principalmente para esse fim. Entendemos que a entrega desses certificados, com a participação da direção do hospital, aliado aos treinamentos que são realizados sobre a importância do processo de identificação têm mudado o comportamento e a cultura dos profissionais de saúde na priorização da segurança como foco do resultado. CONSIDERAÇÕES FINAIS. Apesar das dificuldades e desafios enfrentados pelo Núcleo de Segurança do Paciente de incorporação de rotinas relacionadas aos protocolos de segurança do paciente, a experiência em certificar as unidades que atingem a meta de identificação têm tido êxito. Percebeu-se um maior envolvimento das equipes em manter a meta e conseqüentemente processos mais seguros relacionados à correta identificação do paciente. 

Programa Nacional de Segurança do Paciente; Protocolo de Identificação do Paciente; reconhecimento de equipe