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Esse é um relato de experiência vivenciado por discentes de Terapia Ocupacional no município de Lagarto/SE, da Universidade Federal de Sergipe–UFS, Campus Professor Antônio Garcia Filho, no ano de 2015.  O presente relato foi construído com o objetivo de apresentar uma das ações da disciplina Prática de Integração Ensino-Serviço em Terapia Ocupacional, (PIESTO II), que tem como objetivo inserir os alunos precocemente junto aos serviços de saúde e comunidade local, objetivando formar profissionais com competência, postura ética, visão humanista, orientação para atuar na promoção da saúde e prevenção das doenças. Após algumas visitas realizadas na Instituição de longa permanência para idosos (ILPI), Asilo Santo Antônio, localizado na cidade de Lagarto – Sergipe, os discentes de Terapia Ocupacional entre outras ações, planejaram e desenvolveram um baile de carnaval vespertino, já que aquele período de vivência dos acadêmicos estava próximo do período do carnaval e o mesmo se configura como uma importante festa popular e uma das peças que compõem a identidade do Brasil. Essa intervenção teve como finalidade promover uma quebra na rotina dos internos, além de contribuir para construção do vínculo entre os idosos e promover a intergeracionalidade com os discentes do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Sergipe, estimular a orientação temporal, levando para eles em que tempo do ano estão vivendo. No primeiro momento foi feito uma ornamentação carnavalesca na vivencia do asilo, onde os idosos foram convidados a participar dessa decoração. Em seguida ao som de músicas carnavalescas e marchinhas foi oferecido máscaras para os idosos e os mesmos foram convidados para juntar-se ao grupo de discentes em um círculo onde era estimulados a cantar, bater palma compassadamente, dançar e/ou sambar e relembrar as experiências passadas com o carnaval. Não houve a participação da maioria dos idosos na roda de samba, mas alguns se juntaram em grupos e relataram suas experiências passadas com o carnaval, relembraram de como sambavam, outros relatavam que a religião não permitia aquele tipo de participação social, outros manifestaram o fato de que não gostavam porque acham o carnaval uma festa vazia e outros não quiseram participar da roda de samba mas, ficavam fazendo batucadas nos locais onde se encontravam. Dos que participaram, faz-se necessário destacar a presença ativa de dois idosos cadeirantes e uma idosa com deficiência visual, vencendo o paradigma da integração social. Apesar da não participação de alguns que estavam na vivencia, foi possível observar que os mesmos não ficaram incomodados com o festejo e nem se retiraram dos seus respectivos lugares. Esse momento de socialização e  compartilhamento nos foi concedida a riqueza da percepção e compreensão, fazendo entender o quanto se faz necessário respeitar as particularidades individuais, religião, crenças e incentivar os festejos culturais locais e nacionais, já que os mesmos podem ser utilizados como um recurso alternativo, para promover vínculo, lembranças remotas, participação e inclusão social. Promovendo momentos de alegria, distração para os que gostam e efetivar a relação geracional tão necessária nas políticas pública para idosos, contribuindo para um novo modelo de cuidar da saúde. 

Intervenção; Terapia Ocupacional; Instituição de longa permanência para idoso-ILPI