Anais do 12º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Saúde em Redes ISSN 2446-4813 v.2 n.1, Suplemento, 2016
PERFIL DA FORMAÇÃO ACADÊMICA DOS FISIOTERAPEUTAS DO NÚCLEO DE APOIO Á SAÚDE DA FAMÍLIA EM MUNICÍPIOS DO NORTE DO PARANÁ
Sarah Beatriz Coceiro Meirelles Félix, Fábio Henrique de Oliveira
Última alteração: 2015-10-19
Resumo
O cuidado em saúde voltado às necessidades do indivíduo e que atenda aos princípios do Sistema Único de Saúde depende de muitos fatores, um deles é o perfil da formação do profissional que realiza este cuidado. Conhecer como se dão os processos de viver e adoecer na sociedade faz com que os profissionais de saúde busquem aprofundar sua formação em saúde coletiva, para além da que já recebe durante a graduação. Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil sociodemográfico e a formação profissional dos fisioterapeutas do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) em três municípios do norte do Paraná (Ibiporã, Londrina e Rolândia). A pesquisa teve abordagem quantitativa, descritiva, transversal. Amostra foi composta por 28 profissionais fisioterapeutas que responderam a um questionário estruturado, variáveis foram posteriormente analisadas e apresentados de forma descritiva. Foi verificado predomínio do sexo feminino entre os profissionais. A idade mínima foi de 25 anos e a máxima de 54 anos, sendo a média de 33,04 anos e com desvio padrão de ±6,96, com os participantes concentrados na faixa etária dos 25 aos 35 anos, sendo 82,1% do total. O tempo médio de atuação no NASF superior a três anos. Percebeu-se que 7 (25%) dos profissionais foram graduados em período anterior a publicação de dois documentos fundamentais para a inclusão de conteúdos da saúde coletiva já na graduação, que são as Diretrizes Curriculares Nacionais da Fisioterapia publicadas em 2002 e a Portaria n. 154 que cria os Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Estes podem ter tido menor contato com a saúde coletiva e/ou saúde da família enquanto política pública na universidade. Todos os fisioterapeutas possuíam especializações, sendo que 67,9% na área específica da saúde coletiva e/ou saúde da família, apenas 10,7% concluíram residência, 3,6% concluíram mestrado e 0% no doutorado na área da saúde coletiva e/ou saúde da família, demonstrando que são menos procurados pelos profissionais fisioterapeutas do NASF em municípios do Norte do Paraná. A satisfação pessoal e o aumento salarial podem ser motivadores para esta busca, porém a qualificação dos serviços que prestam na Atenção Básica será o maior benefício.
Palavras-chave
ensino superior, fisioterapia, núcleo de apoio à saúde da família
Referências
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