Anais do 12º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Saúde em Redes ISSN 2446-4813 v.2 n.1, Suplemento, 2016
MICROPOLÍTICA E DOCÊNCIA PROTAGONISTA NOS CURSOS DE SAÚDE: uma intervenção transdisciplinar
Cristina Miyuki Hashizume
Última alteração: 2015-11-27
Resumo
O presente trabalho tem por objetivo problematizar junto com professores da saúde a formação nos cursos de saúde da Universidade Estadual da Paraíba. METODOLOGIA: a intervenção consistiu em encontros em que se convidavam professores interessados no tema. Os temas discutidos no encontro foram às condições de trabalho docente, as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Saúde e metodologias ativas que poderiam ser recontextualizadas à luz da realidade por nós vivida na instituição e nos territórios. Também houve encontros com professores do curso de Psicologia, envolvidos com disciplinas e projetos de Saúde Coletiva que se dispusera a conversar sobre o tema.RESULTADOS E ANÁLISES: a amplitude do projeto ficou restrita ao curso de Psicologia, especificamente a professores que tinham alguma motivação em relação ao tema. As políticas de intensificação do trabalho na universidade inviabilizaram a participação de alguns professores. Percebemos que os atravessamentos políticos e éticos do curso impediam a priorização do debate sobre ensino. Apesar de poucos encontros, as interações com os professores do curso nos mostraram a necessidade de se discutir ensino frente às adversidades das condições de trabalho. As metodologias ativas propostas no presente curso foram importantes para pensarmos uma docência mais centrada no aluno e na população atendida. Concluímos que os debates sobre o ensino de saúde estão atravessados por questões ético-políticas que desvirtuam a discussão técnica com disputas que pouco contribuo para resolver dilemas da formação em Psicologia. Reconhecer tais atravessamentos e problematizá-los é uma forma de avançamos nessa discussão.
Palavras-chave
trabalho; formação em saúde; docência
Referências
ARAÚJO, J. N. G. & CARRETEIRO, T. C. (Orgs). Cenários sociais e abordagem clínica. São Paulo: Escuta; Belo Horizonte: Fumec, 2001
DEJOURS, C. A inteligência operária e organização do trabalho: a propósito do modelo japonês de produção In: Hirata, H. (org.). Sobre o “Modelo” Japonês. São Paulo. EDUSP; 1995.
EDUCASAÚDE. Docência e práticas de redes na gestão, atenção e participação em saúde. Porto Alegre: EducaSaúde, 2014a.
_____ . O protagonismo docente diante dos compromissos da formação com o SUS. Porto Alegre: EducaSaúde, 2014b.
_____ . Gestão educacional e protagonismo participativo no ensino e no trabalho em saúde. Porto Alegre: EducaSaúde, 2014c.
_____ . Gestão e protagonismo participativo no ensino e no trabalho da saúde. Porto Alegre: EducaSaúde, 2014d.
FEUERWERKER,. L.C.M. Micropolítica e Saúde: Produção do cuidado, gestão e formação. Porto Alegre: Rede Unida; 2014.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. ed., São Paulo: Paz e Terra; 2011.
HERTER, ML, et al. Psicologia. In: Haddad, AE. et al (Orgs). A trajetória dos cursos de graduação na saúde. Brasília: INEP 2006; 1: 412-53
MEC, Conselho Nacional de Educação. Resolução no. 05. Brasília: MEC, 2011.
RIBEIRO, C. Metacognição: Um Apoio ao Processo de Aprendizagem. Psic: Refl Crít 2003, 16(1): 109-16
ROMAGNOLI, R. C. Famílias na rede de saúde mental: um breve estudo. Psic Estudo. 11, -2: 305-14; 2006.
UEPB. Resolução UEPB/CONSEPE 07/1994. Cria o estágio multidisciplinar interiorizado - EMI e disciplina seu funcionamento.Campina Grande- PB. UEPB; 1994.