Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

Tamanho da fonte: 
AS METODOLOGIAS ATIVAS COMO ESTRATÉGIA DIN MICA E ATRATIVA NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM NO ENSINO DE ENFERMAGEM: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Raphael Raniere de Oliveira Costa, Soraya Maria de Medeiros, Marília Souto de Araújo, Marcella Alessandra Gabriel dos Santos

Última alteração: 2015-10-22

Resumo


APRESENTAÇÃO: A construção de uma nova concepção das práticas em saúde e da organização da formação profissional, possibilitada através do contexto em que se enquadrava o Sistema Único de Saúde (SUS) na década de 1980, foi fortalecida pelas Diretrizes Curriculares em Saúde de 2001, na busca de inovações curriculares para a construção de novas concepções e práticas nas instituições de ensino em saúde. Historicamente, a formação dos profissionais de saúde foi baseada no uso de metodologias conservadoras, com evidência na utilização da pedagogia da transmissão e da reprodução do conhecimento pelo docente, ao passo que ao discente, cabia o papel de um mero expectador, passivo e receptor. A partir da compreensão da relevância de mudar essas práticas, evidencia-se a necessidade de reformular os currículos de graduação. Assim, os currículos de Enfermagem vêm ganhando diferentes roupagens, com destaque para o uso de metodologias que permitam uma formação mais próxima das exigências do mundo atual do trabalho em saúde. Nesse contexto surgem as Metodologias Ativas (MA) que trazem consigo uma proposta metodológica de trabalho acadêmico com a finalidade da construção coletiva do conhecimento a partir da condição horizontal entre discentes e docentes. Desse modo, objetiva-se refletir acerca da utilização das MA no ensino de tópicos de Atenção Primária em Saúde (APS) no ensino de graduação em Enfermagem. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Este estudo consiste em um relato de experiência a partir de vivências da inserção de MA em uma disciplina nominada de Atenção Integral a Saúde II, do Curso de graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), cujo objetivo é preparar o acadêmico de enfermagem para os diversos cenários da APS. A experiência se deu a partir da observação e vivência dos autores, docentes e discentes, no cotidiano das atividades desenvolvidas durante o percurso dessa disciplina, julho a setembro de 2015. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Durante o desenvolvimento da disciplina de Atenção Integral a Saúde II, foi utilizada diversa MA, tais como: Team-Based Learning (TBL), Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), problematização, vídeos interativos, rodas de conversa, painéis e simulação realística.  A partir da inserção das MA no ensino dos graduandos de Enfermagem da UFRN, constatou-se uma maior participação e envolvimento discente nas atividades teóricas do componente curricular em discussão. Ao tornar o processo de ensino-aprendizado mais dinâmico e atrativo, o discente passa a atribuir um significado positivo, podendo facilitar desenvolvimento de competências e habilidades necessárias para a sua formação técnica, ética e social. CONSIDERAÇÕES FINAIS: As metodologias ativas são apresentadas como uma estratégia dinâmica e atrativa no processo ensino-aprendizagem em Enfermagem. Por serem novas formas de abordar conteúdos, é preciso averiguar os impactos provenientes do seu uso. Na realidade aplicada, o uso dessas ferramentas contribuiu de forma significativa na aprendizagem discente. Na formação de enfermeiros, a aprendizagem significativa é uma condição indispensável para o desenvolvimento de profissionais qualificados e aptos para atuarem na APS e mundo do trabalho atual em saúde.

Palavras-chave


Enfermagem; Educação em enfermagem; Atenção Primária à Saúde.

Referências


BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.

COSTA, Raphael Raniere de Oliveira. A simulação realística como estratégia de ensino-aprendizagem em enfermagem. Natal. Dissertação [Mestrado em Enfermagem] – Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 2014.

MITRE, Sandra Minardi et al. Metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciênc. saúde coletiva, V. 13, n.2, p. 2133-2144. 2008.