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APRESENTAÇÃO: Segundo a Política Nacional de Humanização (PNH) do Ministério da Saúde, ambiência na saúde, “refere-se ao tratamento dado ao espaço físico, entendido como espaço social, profissional e de relações interpessoais que deve proporcionar atenção acolhedora, resolutiva e humana” (Brasil, 2010). A ambiência constitui-se em uma importante ferramenta facilitadora do processo de trabalho das equipes de saúde da família, tanto no seu aspecto estrutural quanto os relacionados às interações entre trabalhadores e usuários. OBJETIVO: analisar os aspectos relacionados à ambiência na percepção dos profissionais da Estratégia de Saúde da Família. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório com abordagem quantitativa, desenvolvido em municípios capixabas com população superior a 50 mil habitantes, onde estão concentrados 65,6% dos habitantes do Espírito Santo. Participaram profissionais de equipes mínimas da Estratégia Saúde da Família: enfermeiros, agentes comunitários de saúde, técnicos e auxiliares de enfermagem, que atuavam nas equipes há pelo menos seis meses. RESULTADOS: Observou-se que mais da metade dos profissionais consideraram que o espaço físico não permitia o atendimento de forma confortável. Verificou-se, ainda, divergência nas respostas em relação ao acesso à tecnologia para desenvolvimento das ações básicas entendidas equivocadamente somente como um produto ou equipamento - tecnologia dura, em detrimento das tecnologias leves. Os trabalhadores apontaram limitações e dificuldades em manter a privacidade dos usuários; informaram também ausência de manutenção satisfatória do espaço físico e apresentaram opiniões contraditórias no que se refere à construção das Unidades Básicas de Saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os profissionais demonstraram olhares diferenciados sobre o seu local de trabalho e persistem limitações em relação à ambiência para a produção do trabalho em equipe na Estratégia de Saúde da Família.

Estratégia de Saúde da Família, Humanização da Assistência, Ambiência.