Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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DISCUTINDO AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA NA VELHICE: EXPERIÊNCIA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE
ANA CAROLINE BATISTA DA SILVA, ÉVANY MARIA UMBELINA AMORIM SMITH, INGRID RAIANE RENÊ CORDEIRO

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


INTRODUÇÃO: A perda da autonomia representa, para os idosos, uma das maiores preocupações. Para esta população, saúde está relacionada, diretamente, com independência, capacidade para fazer as coisas, trabalhar, poder ir e vir, mesmo portando algumas doenças crônicas. Mantendo-se os idosos independentes e autônomos, as dificuldades serão menores, tanto para si quanto para a família e para a sociedade. Diante do envelhecimento populacional, Costa (2003) diz que a meta no atendimento à saúde deixa de ser apenas prolongar a vida, mas, principalmente, a de manter a capacidade funcional do indivíduo, de forma que esse permaneça autônomo e independente pelo maior tempo possível. Para que isso ocorra, o sistema de saúde precisa garantir o acesso universal aos cuidados progressivos de saúde e as políticas públicas devem enfatizar a promoção de saúde e a prevenção de doenças. O idoso deve ser avaliado de forma holística, com o enfoque principal na manutenção da capacidade funcional. Neste trabalho, objetivamos relatar a importância da autonomia e independência na terceira idade, desenvolvido com um grupo de idosos. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Estudo descritivo exploratório do tipo de relato de experiência, resultante do projeto de extensão “Idoso Saudável”, desenvolvido em uma Unidade Básica de Saúde do Guamá. O tema autonomia e independência foram abordados com os idosos do grupo através de uma atividade que consistiu na divisão de subgrupos, a estes foi distribuído de forma aleatória temas como trabalho, lazer, autocuidado e atividades domésticas. Após a entrega dos temas os subgrupos discutiram sobre como desenvolver a autonomia e a independência na velhice. Para finalizar a atividade, cada grupo, mediante um representante, apresentou resumidamente a discussão do seu subgrupo. Após essa apresentação da discussão em grupo, os profissionais de enfermagem, acadêmicos e os idosos expuseram suas opiniões acerca do tema, possibilitando maior interação do grupo. RESULTADOS: Certamente a abordagem do tema de forma participativa contribuiu para que os idosos pudessem compreender a importância da autonomia e independência para uma velhice saudável. Notamos que a dependência que encontramos em alguns idosos, para realizar atividades cotidianas, está relacionada com algumas patologias, e não apenas com o processo de envelhecimento. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Mesmo acometido por alguma patologia, o idoso sente necessidade de desenvolver as suas atividades independente, ainda que parcialmente. Essa vontade deve ser estimulada pela família e pelos profissionais de saúde que o assistem, deixando que o idoso continue a executar suas atividades de vida diária, respeitando, é claro, os limites impostos pelo processo de envelhecer. Este estudo possibilitou ainda nos sensibilizar quanto à importância da autonomia na velhice, visando à prevenção e promoção da saúde da pessoa idosa.

Palavras-chave


Enfermagem; Idosos;

Referências


Costa EFA, Porto CC, Soares AT. Envelhecimento populacional brasileiro e o aprendizado de geriatria e gerontologia. Rev UFGO. 2003; 5(2): 7-10.