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Apresentação: A Educação Alimentar e Nutricional (EAN) integra a rede de políticas públicas. A partir de ações multiprofissionais e intersetoriais, incentiva a prática voluntária de hábitos alimentares saudáveis, visando à autonomia para a realização de escolhas adequadas. A formação de hábitos alimentares é influenciada por fatores fisiológicos, socioculturais e econômicos e a infância é considerada o momento ideal para a adoção de práticas adequadas ao crescimento e à promoção da saúde ao longo da vida. O ambiente escolar é propício para o desenvolvimento de ações voltadas à construção do comportamento alimentar, especialmente pautadas na problematização da realidade vivenciada. Este trabalho teve como objetivo implementar ações de EAN em um Centro de Educação Infantil de Campo Grande (MS), com pré-escolares. Os objetivos específicos foram: promover conhecimento sobre a importância da ingestão de alimentos oferecidos pela alimentação escolar e avaliar a efetividade das técnicas utilizadas. Desenvolvimento: As ações educativas foram realizadas com pré-escolares de 3 a 4 anos (n=12), executadas em três momentos complementares, quinzenalmente e duração aproximada de 50 minutos. Foram utilizadas técnicas lúdicas e interativas a fim de estimular a participação ativa das crianças. A cada encontro foram abordados diferentes temas, selecionados previamente conforme necessidade apontada pela direção da unidade de ensino, como exemplo a rejeição de alimentos disponibilizados na alimentação escolar. Ação 1: Higiene das mãos: Uma aliada à saúde – Formação de vínculo (Diálogo); Musicalização com o tema higiene (Violão); Atividade artística para simulação de lavagem das mãos (Utilização de Cartazes). Ação 2: Inserção da couve na alimentação infantil – Teatro abordando o Cálcio, com foco no benefício causado aos dentes em formação; Desenho livre por observação (Couve in natura para referência). Ação 3: Vitamina A e seus benefícios – Abordagem sobre vitaminas: O que são? Por que são importantes? Onde são encontradas?; Dinâmica relacionada aos legumes com alto teor de vitamina A (“Caça aos legumes” – Cenoura/Beterraba); e Degustação de alimentos (Bolo de cenoura; Suco de beterraba). No início das atividades foram realizados momentos de diálogo em relação às ações anteriores com o objetivo de avaliar a memorização dos conceitos trabalhados. Resultados e/ou impactos: A formação de vínculo inicial com as crianças proporcionou interação suficiente para o desenvolvimento das atividades educativas. Constatou-se que as técnicas aplicadas foram adequadas para a idade, visto que as crianças participaram e desenvolveram questionamentos sobre o tema, além de experimentarem os alimentos. Por meio de perguntas pontuais foi possível constatar memorização do conhecimento trabalhado. Considerações finais: Estratégias lúdicas e de fácil assimilação permitem a abordagem de diferentes temas considerados importantes para a saúde e formação de hábitos alimentares. A possibilidade de experimentar determinado alimento, mesmo que em outra forma de preparo, pode representar experiência positiva para a inclusão do alimento na alimentação. A caracterização da equipe (trajes lúdicos) mostrou-se essencial nesse processo, favorecendo a atenção e a fixação do conteúdo. Estratégias de EAN, gradativamente ao longo da infância, podem contribuir para o empoderamento dos indivíduos, e, futuramente, poderá representar fator decisivo na prevenção de doenças e autonomia para escolhas alimentares saudáveis e adequadas ao estágio de vida. 

Nutrição; Educação em saúde; Saúde pública