Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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ACOLHIMENTO NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE: Relato de Experiência
Lais Fernanda Alves dos Santos, Camila Tozaki Rodrigues, Priscila Maria Marcheti Fiorin, Eliane Fagundes de Almeida, Simone Cristina Barbosa Gonçalves

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


Apresentação: Em todo e qualquer contato com pessoas faz-se necessário a reavaliação permanente dos serviços oferecidos, a fim de que este esteja sempre aprimorando sua qualidade, contexto vivenciado pelos serviços de saúde nas redes de atenção primária. Neste mesmo contexto, a política de humanização pauta esses serviços, por meio de ferramentas que facilitam vínculos e corresponsabilização entre usuários, trabalhadores e gestores. Portanto, toda e qualquer prática centrada no usuário tem como principais necessidades o acolhimento, a responsabilização, a resolução e autonomização. Principalmente o acolhimento, pois este é considerado porta de entrada, integração aos demais níveis do sistema, e coordenação do fluxo de atenção. Dessa forma, o trabalho teve como objetivo demonstrar a importância e a aplicação do acolhimento nos serviços de saúde. Descrição da experiência: Este trabalho foi desenvolvido e realizado em uma Unidade Básica de Saúde do município de Campo Grande-MS. Por meio de observação e entrevistas com os funcionários, foi identificada uma lacuna entre o conceito e a aplicação do acolhimento na assistência oferecida pelos funcionários daquela unidade, a qual apontou falta de comunicação e organização nos serviços entre funcionários da Unidade Básica e a comunidade. Visto que a origem desta lacuna se dava pelo conhecimento e as estratégias de aplicação do mesmo, foi utilizado como base temas da Caderneta de Acolhimento a Demanda Espontânea, material disponibilizado pelo Ministério da Saúde. Os quais foram aplicados por meio de situações e problematização de casos, estruturados em forma de diálogos apoiados na troca de experiências profissionais e vivências. Estes temas foram trabalhados com a equipe de saúde, em rodas de conversas no auditório da unidade, no período de junho de 2015. Resultados e/ou impactos: Após esta atividade foi possível visualizar por meio das discussões e trocas de experiências a ampliação do conceito de acolhimento e humanização pela equipe de saúde. Além de permitir a visualização destes conceitos nas práticas do dia a dia, o olhar para o serviço compartilhado e fortalecimento do vínculo entre a equipe da saúde e os usuários do serviço. Considerações finais: Sendo assim, o acolhimento é uma forte ferramenta para atender a exigência de acesso, propiciar vínculo entre equipe e população, trabalhador e usuário, além trazer questionamentos quanto ao processo de trabalho. Portanto, torna-se essencial a reflexão ética das situações-problemas do cotidiano dos serviços básicos de saúde, para que os limites sejam superados, as atitudes sejam reavaliadas e para que haja a construção de uma nova prática na atenção à saúde.