Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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As Políticas Públicas de Provimento e Fixação de Profissionais de Saúde na Amazônia, 1970 – 1990
Erica Lima Barbosa, Julio Cesar Schweickardt

Última alteração: 2015-11-23

Resumo


Introdução: Os programas de interiorização no campo da Saúde têm sido destaques nas ações de cooperação do governo brasileiro com a Organização Pan Americana da Saúde (OPAS) e Organização Mundial da Saúde (OMS). Esses programas priorizaram o tema do trabalho em saúde na agenda internacional, influenciando a agenda de formação e as estratégias de gestão do trabalho no contexto brasileiro. A política de gestão do trabalho em saúde no Brasil passou a ter ênfase a partir da IV Conferência Nacional de Saúde que apontou diretrizes sobre a necessidade de formação de contingentes de pessoal. Esse desafio era maior para regiões com características geográficas complexas como a Amazônia e que possuem estigmas de áreas isoladas e sem desenvolvimento. Esta pesquisa demonstra como foram desenvolvidas as políticas no campo da gestão do trabalho apontando os limites e possibilidades no desenvolvimento de estratégias para ampliação da oferta de serviço de saúde no estado do Amazonas. Objetivo geral: Analisar a história das Políticas Públicas de Provimento e Fixação de Profissionais de Saúde no Amazonas no período de 1970 a 1990. Método: Trata-se de um estudo de pesquisa bibliográfica e documental com uso da história oral através da técnica de entrevista com  gestores e coordenadores da OPAS e SESAU no Amazonas, sendo que a análise discurso será feita com abordagem Interpretativa. Resultados esperados: Neste estudo, buscou-se como contribuição científica explicar como ocorreram as políticas de gestão do trabalho na área da saúde,  privilegiando entender as teias das relações políticas estabelecidas no cotidiano no contexto regional.  Considerações finais: Conforme a análise documental nos relatórios das atividades da Secretaria de Estado da Saúde (SESAU) no período de 1971 a 1987, a carência de recursos materiais, humanos e financeiros dificultava em atingir as metas pré-estabelecidas e apontavam questões de saúde como: distância, isolamento, dimensão territorial, escassez de recursos financeiros e de desarticulação interna da economia do Amazonas. Portanto, verifica-se na gestão do trabalho a necessidade não somente de quantitativo de pessoal, mais de qualidade na formação para atuarem na situação de ofertas nos serviços de saúde. Diante do exposto, a Amazônia também evidencia se através do processo de desenvolvimento na gestão do trabalho, desmistificando o imaginário de que esta região se configura como um território isolado desprovida de possibilidades acerca das políticas de saúde. Instituições governamentais, multilaterais e internacionais, que desenvolveram  agendas dirigidas para a formação de trabalhadores e para a gestão do trabalho em saúde no Brasil (ALVES et al., 2008).

Palavras-chave


Gestão do Trabalho

Referências


ALVES, Fernando Pires; PAIVA, Carlos Henrique Assunção; HOCHMAN, Gilberto. História, saúde e seus trabalhadores da agenda internacional as politicas brasileiras. Ciências &Saúde Coletiva. 13(3): 819.829.2008.

BRASIL, Secretaria de Estado da Saúde. Relatório do Triênio. Amazonas: Secretaria de Estado da Saúde, 1979-1981.

CASTRO, Janete Lima de Castro. Protagonismo Silencioso: A presença da OPAS na formação de Recursos Humanos em Saúde no Brasil. Rio Grande do Norte. Observatório RH-NESC UFRN. Ministério da Saúde; OPAS/OMS, 2008.

PAIVA, Carlos Henrique Assunção, ALVES, Fernando Pires, HOCHMAN, Gilberto. A cooperação técnica OPAS-Brasil na formação de trabalhadores para a saúde (1973-1983). Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 2008