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Introdução: O Ministério da Saúde e a Secretaria de Vigilância em Saúde desenvolveram o Inquérito sobre Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA Inquérito-2014), que foi realizado nas capitais, Distrito Federal. Sua execução contou com equipes compostas por coordenadores, supervisores e entrevistadores. O VIVA teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico das vítimas de violências e acidentes socorridas em unidades de urgência e emergência e identificar os fatores de risco para propor medidas de proteção dos agravos. Descrição da Experiência: A Secretária Municipal de Saúde de Campo Grande – MS em parceria com a Universidade Anhanguera Uniderp, através do curso de enfermagem convidou acadêmicos para participarem do inquérito. Previamente ao início da pesquisa realizou-se uma reunião, onde receberam treinamento e um manual do entrevistador que orientava como iniciar a entrevista e preencher o questionário. Em um segundo encontro foi fornecido o material necessário para a realização do inquérito, selecionado os plantões e a unidade onde iríamos atuar. A partir da experiência obtida após o primeiro dia da pesquisa foi possível concluir que se fala tanto em assistência humanizada, mas nem sempre quem procura a unidade é atendido de forma humanizada, assim compromete a qualidade da intervenção. Foi um início de pesquisa difícil, a princípio não contamos com apoio dos funcionários o que tornava a realização do VIVA um desafio, mas esses acostumaram-se com a presença dos entrevistadores e passaram a avisar quando chegava um caso que se enquadrava no inquérito, o que facilitava a busca ativa. Foi incrível vivenciar e conhecer a rotina dos profissionais que trabalham no pronto-socorro, observar como é realizada a triagem e classificação de risco, analisar tudo o que ocorria ao redor, com o intuito de aguçar o senso crítico e enriquecer a formação acadêmica. Em relação às entrevistas, acredita que estávamos aptas para abordar as vítimas ou os acompanhantes, mas não é uma tarefa fácil, pois não tem um momento adequado. A melhor experiência foi conhecer a visão dos usuários e colocar-se no seu lugar, isso contribuiu para mudar a vida dos entrevistadores em todos os campos, pois entrevistamos indivíduos maravilhosos, que apesar do momento difícil sempre foram gentis, contaram suas histórias, sonhos, medos, dificuldades, era como se fôssemos as pessoas certas no momento inadequado. Impactos: No decorrer da pesquisa foi possível notar o número absurdo de casos que poderiam ter sido evitados se a legislação de trânsito tivesse sido respeitada, como uso EPIs e outras medidas de proteção. Notou-se a necessidade de atenção da maioria dos indivíduos entrevistados e a importância dos profissionais de saúde proporcionar uma abordagem e assistência humanizada. Considerações Finais: O inquérito foi mais que uma pesquisa desenvolvida com intuído de analisar os dados obtidos para elaborar medidas que visem à redução e a prevenção das violências e acidentes. Esse também resultou um impacto tremendo na formação acadêmica, pois se conclui a importância de colocar de fato em pratica uma assistência humanizada, de modo a assistir um indivíduo na sua integralidade e individualidade. 

(proteção a agravos; inquérito; assistência humanizada).