Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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ENTRE OS GUARANI-KAIOWÁ: VIVENCIANDO O VER SUS EM COMUNIDADES INDÍGENAS DE DOURADOS/MS
Raquel Cordeiro Ricci, Adrian Santos de Souza, Ana Luiza de Souza Floriano, Ane karoline Amorin Oliveira, Lucas Ribeiro da Costa Santana, Mariana Henriques Rosa, Silvia dos Santos Brites, Everton Ferreira Lemos

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


Apresentação: Trata-se de um relato de experiência vivenciado no Projeto Vivência e Estágio Referente ao Sistema Único de Saúde (VERSUS) por estudantes de diversos cursos de universidades públicas e privadas do estado de Mato Grosso do Sul, no período matutino e vespertino do dia 27 de janeiro de 2015. A experiência ocorreu durante as visitas aos serviços de saúde nas comunidades indígenas do município de Dourados/MS, região sul do estado. Sendo o objetivo relatar a experiência vivenciada no Projeto Vivência e Estágio Referente ao Sistema Único de Saúde (VERSUS), nos serviços de saúde indígena do Subsistema de Atenção a Saúde Indígena (SASISUS) do SUS. Desenvolvimento do trabalho: As comunidades indígenas abrangidas nesse relato foram a Jaguapiru e Bororo, de etnia Guarani Kaiowá, sendo que as aldeias possuem duas UBSF, compostas por equipe de estratégia de saúde da família que abrange uma área com cerca de 3.000 habitantes. Essas são mantidas pela Secretária Especial de Saúde Indígena (SESAI). Além da assistência de um Hospital mantido pela Missão Caiuá. Os maiores problemas do território são os altos índices de diarreia, DST, violência, já a tuberculose vem diminuindo. As dificuldades, percebidas foram falta de água na unidade, insumos, medicamentos e recursos humanos. Resultados e/ou impactos: A violência e as doenças infecciosas e parasitárias têm trazido desafios para o serviço de saúde. Estudos realizados em Dourados mostraram queda na incidência da Tuberculose desde 2000, embora, a mortalidade pela doença ser maior do que em não indígenas (LEMOS et al.,2014). Os serviços de saúde ofertados apresentam problemas como a escassez de água nas unidades, falta de materiais e insumos e há falta de profissionais para atender a demanda sem sobrecarregar a equipe. Considerações finais: O Mato Grosso do Sul, tem a segunda maior população de indígenas do país, e esta experiência possibilitou vivenciar as necessidades que as equipes de saúde enfrentam. As ações da SESAI, no âmbito da organização de estrutura e processo, devem atentar para as necessidades locais, tornando a comunidade e os profissionais protagonistas desse processo, identificando suas necessidades para melhoria do território e da assistência prestada.

Palavras-chave


Sistema Único de Saúde; Saúde Indígena; Saúde Coletiva

Referências


LEMOS, E. F.;ALVES, A. M. da S.; OLIVEIRA, G. de C.; RODRIGUES, M. P.; MARTINS, N. D. G; CRODA, J. Health-service performance of TB treatment for indigenous and non-indigenous populations in Brazil: a cross-sectional study. BMC Health Services ResearchPMC. Web. 14, 237, 2014. Disponível em:<http://doi.org/10.1186/1472-6963-14-237> Acesso em: 10  set. 2015.