Tamanho da fonte: 

Apresentação: Os desenvolvimentos financeiro, tecnológico, social e cultural e os resultados da globalização originam benefícios ao mundo moderno, acarretando profundas alterações no comportamento do indivíduo, interferindo diretamente na qualidade de vida da sociedade (GOMES; JESUS, 2012). A Síndrome de Burnout, como fenômeno, tem sido observável nas expressões de trabalhadores no decorrer dos tempos. Atualmente, seu acréscimo em função das alterações tecnológicas ou de organização do trabalho tem tido maior ênfase (BRASIL, 2001). O avanço da tecnologia acarreta mudanças no ambiente de trabalho que têm consequências no bem-estar físico e mental dos profissionais, e, por isso, a síndrome de Burnout precisa ser encarada como um problema de saúde pública. Desenvolvimento: A partir da nossa vivência na Clínica Cirúrgica de um Hospital (Belém – Pará), podemos observar o desgaste físico e mental da equipe de enfermagem ao final do plantão e esse fato nos chamou a atenção para desenvolver uma revisão da literatura sobre a incidência ou prevalência dos sintomas de Burnout nos profissionais de enfermagem. Destaca-se a relevância de se avaliar a síndrome dentre as diversas categorias de profissionais de enfermagem objetivando que as instituições possam adotar estratégias para auxiliar em melhorias no ambiente de trabalho, tornando-o menos estressante, já que os custos do desenvolvimento e manifestação do Burnout são impactantes não apenas para os profissionais, mas também para os pacientes, instituições e sociedade.  A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa, e para melhor delimitação da busca pelos artigos que abordaram a temática. Foram revisados os artigos publicados entre os anos de 2010 e 2015. Pesquisadas as produções científicas nas principais bases de dados indexadas, como MEDLINE, PUBMED, BIREME. Os descritores utilizados foram “Síndrome de Burnout”; “Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem” cadastrados nos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Resultados: Foram encontrados 59 artigos e o critério de exclusão utilizado foi: publicações inferiores há cinco anos (n = 19), artigos em duplicidade (n = 10), artigo completo não disponível (n = 18) restaram então 12 artigos que foram lidos integralmente e incluídos no desenvolvimento do estudo. Considerações Finais: Podemos concluir a partir dos artigos analisados uma unanimidade ao afirmar que o ambiente de trabalho influencia positivo ou negativamente no processo de desenvolvimento da Síndrome de Burnout, a estrutura organizacional, as características próprias dos serviços de saúde e o relacionamento entre o usuário e os colaboradores são decisivos.

Síndrome de Burnout; Profissionais de Enfermagem; Saúde do Trabalhador