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APRESENTAÇÃO: A Educação a Distância (EAD) pode ser um recurso para atender a demanda de trabalhadores que buscam a qualificação profissional uma vez que a exigência de assiduidade dos cursos presenciais pode impossibilitar esta qualificação. Um exemplo disso ocorre na formação de avaliadores de serviços de saúde para o Sistema Único de Saúde que habitualmente vão a campo sem a adequada formação. Desta forma, foi ofertado aos avaliadores do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB) (1), de seis estados do Brasil, o Curso de Especialização em Avaliação de Serviços de Saúde na modalidade EAD promovido pela Rede Governo Colaborativo em Saúde - UFRGS, e ofertado pela Universidade Aberta do SUS da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UNA-SUS/UFCSPA). Desta forma, a proposta deste estudo foi investigar o perfil dos ingressantes e dos concluintes do curso de forma a criar subsídios para a reestruturação e avaliação do projeto pedagógico. DESENVOLVIMENTO: Tratou-se de um estudo transversal elaborado a partir de dados secundários de 347 alunos-avaliadores que foram obtidos a partir das fichas de cadastro do curso disponibilizadas pela gestão do curso. Tais fichas compreendiam 68 itens objetivos e dissertativos, as informações sobre os concluintes foram coletados a partir dos dados gerados após a aprovação nos trabalhos de conclusão de curso. Todos os dados foram tabulados e submetidos a análises no SPSS Statistics 17.0, onde as frequências e a distribuição das variáveis na amostra foram avaliadas e as diferenças entre as médias foram obtidas pelo teste de Qui-quadrado de Pearson onde foram consideradas significativas as diferenças menores que 5%. RESULTADOS: A amostra foi constituída predominantemente por: mulheres (84,7%), com faixa etária entre 19 a 30 anos (60,8%), graduados em Enfermagem (56,1%), há no máximo quatro anos (55,2%), com pós-graduação Lato Sensu (62,2%). Grande parte da amostra referiu ter acesso a materiais de atualização na área da Atenção Primária à Saúde (88,8%) e Avaliação de Serviços de Saúde (79,5%), tendo como fonte principal a internet (89,3%) e utilizando do seu tempo livre para tal atividade (55,0%). Alguns dos alunos referiram já ter participado previamente de estratégias de educação permanente (18,4%) como PET-Saúde, VERSUS e PRÓ-Saúde e grande parte referiu experiência prévia na área da saúde (70,3%). Praticamente todos os alunos acreditavam que essa especialização proporcionaria oportunidades de trabalho (95,9%) e possuíam expectativa positiva em relação ao curso (99,4%), no entanto, um número expressivo de alunos não concluiu o curso (70,9%). Houve diferenças significativas quando comparadas à procedência dos alunos em relação aos estados e o número de concluintes (p=0,001), bem como, entre o tempo de formado e número de concluintes (p=0,004). CONSIDERAÇÕES: Foi possível traçar o perfil dos alunos ingressantes, apontar características que não foram contempladas inicialmente no Projeto Político-Pedagógico, bem como, observar as características dos alunos que concluíram o curso. Acredita-se que tais informações possam servir como subsídio para a elaboração de estratégias voltadas ao aumento da adesão e valorização dos discentes que têm maiores possibilidades de concluir o curso. 

Educação a distância; Educação permanente; Avaliação de sistemas de saúde