Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Os Cursos de Práticas Integrativas e Complementares da Comunidade de Práticas e o Processo de Facilitação
Maria Eneida Almeida

Última alteração: 2015-10-19

Resumo


O objetivo desse Relato de Experiência é ressaltar a importância dos cursos auto e coinstrucionais de Práticas Integrativas e Complementares (PICs) para o SUS oferecidos pela Comunidade de Práticas (CdP), que são desdobramentos da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). São eles: a) Gestão de Práticas Integrativas e Complementares, b) Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos para Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Curso Introdutório de PICs: Medicina Tradicional Chinesa (MTC); Curso Introdutório de PICs: Práticas Corporais e Mentais em MTC; e Curso Introdutório de PICs: Antroposofia aplicada à saúde. O norte que guia o novo paradigma da saúde é que a doença é sempre o resultado de uma condição de desarmonia entre o ser vivo e o seu meio ambiente. Por isso a busca da saúde é a busca do equilíbrio energético, emocional, psíquico, físico e espiritual. E essa busca está no cerne das outras racionalidades médicas, que diferem em essência da biomédica/hospitalocêntrica. A PNPIC implantou oficialmente outras medicinas e outras práticas de saúde no SUS: medicina chinesa, medicina homeopática, medicina antroposófica e medicina ayurvédica, além de várias práticas relacionadas. Essas medicinas são sistemas médicos completos, tal qual a hegemônica medicina ocidental biomédica. Dessa maneira, a PNPIC proporciona um novo paradigma para a atenção e assistência da saúde no Brasil, abrindo-se para o atendimento multiprofissional, menos focado em tecnologias duras e medicamentosas e mais orientado pelas tecnologias leves, holísticas e humanísticas, desde a porta de entrada até o diagnóstico, tratamento, reabilitação e a demonstração para uma nova cultura de autocuidado com exercícios físicos e plantas medicinais.  A EPS como política integradora de novos ambientes de aprendizagem relacionados à prática nos serviços de saúde estende-se sobre a Comunidade de Práticas e abre perspectivas de ampliação aos cursos de PNPIC vigentes e em construção. A equipe de facilitadores da CdP está em processo de ensino-aprendizagem com a metodologia colaborativa virtual. É uma nova forma de ver a educação, é uma transformação do paradigma da educação e da saúde e essa vivência dos cursos da PNPIC é uma experiência importante de registrar, pois soma-se à transformação na atenção à saúde da população brasileira. Toda essa dinâmica promovida pela PNPIC fortalece o SUS, sobretudo no que toca ao Princípio da Integralidade, através do qual os pacientes podem ter sua atenção à saúde ampliada, com foco holístico, que é dada por milhares de profissionais, cada vez mais qualificados e que diariamente ajudam a consolidar o nosso sistema público de saúde. De maneira geral, tudo é um grande desafio. A aprendizagem colaborativa e a educação permanente são metodologias que fortalecem o aprendizado por meio das experiências do cotidiano. Isso não é algo simples na prática. Abordar essa questão significa apontar as novas tecnologias de informação e comunicação (TICs) e por meio delas entrar em uma nova realidade; elas estão ampliando os saberes e aumentando o ritmo da apreensão dos novos conhecimentos.

Palavras-chave


práticas integrativas e complementares; facilitação; educação permanente em saúde; educação a distância; aprendizagem colaborativa

Referências


DIAS, P. Da e-moderação à mediação colaborativa nas comunidades de aprendizagem. Educação, Formação & Tecnologias. Portugal: Universidade do Minho, vol.1(1), maio 2008.

QUIROZ, J.S. El Rol Del Tutor em los Entornos Virtuales de Aprendizaje. Chile: Universidad Santiago de Chile. Revista Innovación Educativa. Acesso em 08 jan 2015. Disponível em: http://campus.usal.es/~teoriaeducacion/rev_numero_05/n5_art_silva.htm

RIBEIRO, A.M.; SILVA, J.L.T.; BOFF, E.; VICCARI, R.M. Dos Ambientes de Aprendizagem às Comunidades de Prática. Anais do XXII SBIE – XVII WIE: Aracaju, nov. 2011.