Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

Tamanho da fonte: 
MORTALIDADE MATERNA EM CAPITAIS BRASILEIRAS: UM MARCADOR DE EQUIDADE DE GÊNERO
Roger Flores Ceccon, Stela Nazareth Meneghel, Grabriela Arguedas Ramíres, Anelise Hanh Bueno, André Luis Machado Bueno, Virgínia de Menezes Portes

Última alteração: 2015-10-27

Resumo


OBJETIVO: Analisar a relação entre mortalidade materna, características sociodemográficas e acesso a serviços nas capitais brasileiras. MÉTODOS: Estudo ecológico cuja variável dependente foi a razão de mortalidade materna e as independentes foram as variáveis sociodemográficas e de acesso a serviços entre 2010 a 2012 nas capitais brasileiras. As variáveis foram associadas através do teste de Correlação de Pearson e as que apresentaram significância estatística na análise bivariada foram incluídas no modelo de Regressão Linear Multivariada. RESULTADOS: A maioria das mulheres que morreu devido à gravidez ou parto era negra, solteira e com baixa escolaridade. Os óbitos ocorreram no hospital, durante o puerpério e a causa mais frequente foi a doença hipertensiva. Houve associação estatística com as variáveis: Índice de Gini, proporção de população negra e número de consultas de pré-natal (p<0,20), permanecendo no modelo final a relação entre mortalidade materna e população negra (β=0,436; p=0,003; r²=0,72). CONCLUSÃO: Os achados revelam a racialidade da mortalidade materna, indicando a presença de iniquidades na atenção à saúde das mulheres negras.

Palavras-chave


Mortalidade; Mortalidade Materna; Gênero; Violência contra a mulher; Raça e saúde; Estudos Ecológicos