Rede Unida, 12º Congresso Internacional da Rede Unida

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Levantamento do atendimento odontológico realizado sob anestesia geral em pacientes com necessidades especiais de Belo Horizonte, MG
Maria Beatriz Pires de Magalhães, Helém Sueli Dias Figueiredo, Efigênia Ferreira e Ferreira, Renata de Castro Martins

Última alteração: 2015-10-30

Resumo


O tratamento odontológico sob anestesia geral muitas vezes faz-se necessário em pacientes com necessidades especiais. O objetivo deste estudo foi verificar se pacientes com necessidades especiais agendados para o atendimento odontológico sob anestesia geral na Unidade de Referência Secundária foram atendidos e contrarreferenciados para a continuação do cuidado na atenção primária. Este levantamento foi realizado no Centro de Especialidades Odontológicas Centro-Sul (CEO-CS) de Belo Horizonte, MG, onde os familiares/cuidadores de 64 pacientes com necessidades especiais agendados para o tratamento odontológico sob anestesia geral, no período de setembro de 2013 a maio de 2014, foram contactados por telefone. Documentos existentes no CEO-CS forneceram dados como nome do paciente, telefone e data de marcação do atendimento odontológico a ser realizado na Unidade de Referência Secundária Sagrada Família (URS Sagrada Família) de Belo Horizonte. Foram realizadas duas tentativas de contato telefônico em horários distintos, onde esperava-se, no mínimo, cinco chamadas para considerar o telefonema não atendido. Familiares/cuidadores de 10 pacientes com necessidades especiais (15,62%) não foram contactados por telefone nas duas tentativas realizadas. O número de telefone de um paciente estava errado (1,56%). Sete pacientes (10,93%) não foram atendidos e aguardavam nova marcação, segundo relato dos familiares/cuidadores. Duas pessoas (3,12%) que atenderam ao telefonema não souberam informar se o paciente já havia sido atendido e contrarreferenciado para a atenção primária. Dos 64 pacientes com necessidades especiais agendados para o atendimento odontológico sob anestesia geral na URS Sagrada Família, 44 (68,75%) já haviam sido atendidos. Destes, 19 (43,18%) receberam a guia de contrarreferência para atenção primária, mas os familiares/cuidadores relataram não saber o que fazer com elas, e três (6,81%) aguardavam nova marcação. A maioria dos pacientes com necessidades especiais agendados para o tratamento odontológico sob anestesia geral, cujos familiares/cuidadores foram contactados por telefone, foi atendida, mas menos da metade foi contrarreferenciada. É necessário aprimorar a interface de referência e contrarreferência do serviço, bem como, orientar os familiares/cuidadores de pacientes com necessidades especiais sobre a importância de se continuar o cuidado com a saúde na atenção primária.

Palavras-chave


Sistema Único de Saúde; Atenção primária à saúde; Atenção secundária à saúde

Referências


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