Anais do 12º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Saúde em Redes ISSN 2446-4813 v.2 n.1, Suplemento, 2016
Doenças Respiratórias Crônicas: uma reflexão sobre as vulnerabilidades
Luana Roberta Schneider, Teresinha Rita Boufleuer, Lucimare Ferraz, Maria Assunta Busato, Junir Antonio Lutinski
Última alteração: 2015-11-23
Resumo
Esse estudo faz uma reflexão sobre as vulnerabilidades e as doenças respiratórias crônicas (DRC) com o objetivo de apontar os meios de exposição e enfrentamento deste agravo à saúde. Para tanto foi realizado um levantamento de dados na literatura da área temática. Os estudos apontam que a vulnerabilidade à DRC está relacionada a causas individuais, sociais e programáticas, sendo que o indivíduo pode estar vulnerável de diferentes formas, pré ou pós-acometimento da doença. A vulnerabilidade individual se apresenta quando o sujeito, sadio ou não, faz uso do tabaco, pois esse é considerado o maior fator de risco para a doença pulmonar obstrutiva crônica. Além disso, quando o indivíduo já está acometido por alguma DRC esse se torna mais vulnerável a resfriados, às doenças associadas ao sedentarismo, devido à limitação da atividade física provocada pela DRC. Igualmente, essa vulnerabilidade se acentua quando há o desconhecimento dos modos de prevenção dessas doenças. As vulnerabilidades sociais estão associadas à exposição à poluição ambiental, as condições precárias de moradia e de trabalho. Da mesma forma, a dificuldade de acesso a exames, diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento é um fator importante de vulnerabilidade social. Já a ausência de políticas que assegurem uma assistência integral aos portadores de DRC, bem como de proteção ambiental comunitária são considerados exemplos de vulnerabilidade programática. Diante do exposto, uma medida de enfrentamento para as DRC é proteção contra o tabaco. Nesse caso, a mudança de comportamento não é resultante apenas de uma vontade individual, tornando imprescindível o apoio dos profissionais de saúde. Também se faz necessário o (re) conhecimento, por parte desses profissionais, dos diversos fatores de vulnerabilidade que os portadores de DRC estão expostos, para uma atuação interdisciplinar. Portanto, as ações de enfrentamento devem ocorrer nos níveis individual, social e programático. Desse modo, estimular a participação e a autonomia dos envolvidos no diagnóstico da situação, continuar investindo na prevenção da doença, em ações de políticas públicas para redução do tabagismo, no empoderamento dos indivíduos e na educação permanente dos profissionais da saúde nos diversos níveis de assistência são estratégias que podem contribuir para o melhor enfrentamento das DRC.
Palavras-chave
Doenças Respiratórias Crônicas; Vulnerabilidades; atenção a saúde
Referências
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